Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Grécia

«O povo terá a última palavra»: Parlamento grego aprova lei anti-laboral

No dia em que o Parlamento aprovou a lei «monstruosa» de ataque aos direitos dos trabalhadores e às liberdades sindicais, milhares manifestaram-se em várias cidades gregas. E a luta vai continuar.

Créditos / pamehellas.gr

A proposta de lei que abole a jornada laboral de oito horas, ataca a negociação colectiva e cerceia os direitos sindicais, «reforçando as condições de trabalho medievais na Grécia», de acordo com os sindicatos, foi aprovada durante uma sessão plenária, esta quarta-feira, com os votos a favor (158) dos deputados do partido no poder, Nova Democracia.

Todos os deputados dos partidos da oposição (142) votaram contra. O grupo parlamentar do Partido Comunista da Grécia (KKE) referiu-se à proposta de lei como «monstruosa» e, juntamente com a Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), desenvolveu uma intensa actividade de mobilização e denúncia nos últimos dois meses.

Ontem, ao discursar no Parlamento, o secretário-geral do KKE, Dimitris Koutsoumbas, sublinhou que, «mesmo que este lixo se torne lei do vosso Estado reaccionário e dos seus mecanismos, vocês sabem muito bem que ela não será legalizada na consciência do povo trabalhador, nem por um momento. Ali, foi irreversivelmente condenada».

«A última palavra pertence aos homens e às mulheres que trabalham, àqueles que sabem bem o que é a exploração, aos que a sentem todos os dias na pele», disse Koutsoumbas, citado pelo portal idcommunism.com.

O dirigente comunista sublinhou que, com esta legislação, o ministro do Trabalho, Kostis Hatzidakis, consegue ir mais além que os seus antecessores na «atitude anti-laboral e no obscurantismo», porque, se trilha o caminho estabelecido por eles, «intervém directamente no cerne dos direitos dos trabalhadores, que é o horário de trabalho fixo».

Grandes manifestações no dia da votação

Em protesto contra a proposta de lei, os sindicatos decretaram uma greve nacional de 24 horas, cuja realização, denuncia a PAME, o governo, as empresas de navios e as empresas de carregamento aéreo tentaram restringir, «por via de ordens judiciais e da calúnia».

Contra esta tácticas, os sindicatos de classe organizaram piquetes nos portos, nas instalações industriais e noutros postos de trabalho por toda a Grécia, paralisando os transportes, os navios e o metro, refere o sindicato no seu portal.

Realizaram-se grandes manifestações em Atenas, Salónica, Patras e outras cidades gregas, de manhã e à tarde. Na capital, milhares de trabalhadores, estudantes, mulheres e pensionistas juntaram-se na Praça Syntagma quando estava a decorrer a votação no Parlamento, deixando uma mensagem clara contra a proposta de lei e a política do governo de direita, e deixando antever novos tempos de luta.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui