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|Um outro Mundial

O grupo de todos os conflitos

Quis o sorteio que o Grupo B nos lançasse uma série de encontros que deixam água na boca a quem estuda e acompanha as grandes questões do mundo. Um grupo onde se joga muito mais do que apenas um resultado.

Mehdi Taremi, ponta-de-lança do FC Porto, vai representar a seleção do Irão no Mundial de 2022, no Catar 
Mehdi Taremi, ponta-de-lança do FC Porto, vai representar a seleção do Irão no Mundial de 2022, no Catar CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Quis o sorteio que o Grupo B nos lançasse uma série de encontros que deixam água na boca para quem estuda e acompanha as grandes questões do mundo. Inglaterra, Estados Unidos, Irão e País de Gales disputam duas posições no apuramento.

Para os ingleses, uma passagem para esquecer nas Ligas das Nações parece ter refreado o entusiasmo. Os Estados Unidos, depois da ausência em 2018, lançam uma jovem geração em quem muito acreditam. Para os iranianos, envoltos em problemas sociais, cada Mundial é sempre uma ocasião para evidenciar a sua capacidade de luta e resistência. Para os galeses, apoiados no talento de Gareth Bale, trata-se do regresso a um Mundial sessenta e seis anos depois de muitas desilusões e de muitos craques que não tiveram a oportunidade de chegar a pisar este palco.

Um grupo onde se joga muito mais do que apenas um resultado.

Um Irão de face destapada

A forma como vários jogadores da seleção iraniana criticaram as autoridades do seu país e manifestaram o apoio às mulheres que exigem progresso e liberdade no Irão foi mais um rasgão na tradição de uma equipa fechada sobre si mesma. O elevar da voz em apoio à população demarcou uma geração de jogadores que têm realizado grande parte das suas carreiras na Europa, vivenciando outros enquadramentos e percebendo o lugar que ocupam como exemplos para os seus concidadãos.

Carlos Queiroz, chamado a atenuar o clima de conflito numa equipa onde já experienciou bastantes sucessos, parece ter optado por um caminho diferente no comentário pedido por um jornalista à situação no país. «Quanto é que me paga para responder a essa pergunta?», questionou o treinador português. Difícil de entender como se terão sentido Azmoun e Taremi ao ouvir o seu técnico expressar-se assim.

O Mundial das ausências

Dos muitos ausentes nesta competição, o senegalês Sadio Mané será aquele que mais custará não ver no Qatar. Depois de ter vencido tudo o que havia para vencer ao serviço do Liverpool e de ter conquistado a Taça das Nações Africanas com o seu país, o Mundial 2022 seria o momento de maior impacto da sua carreira, podendo conduzir o Senegal às eliminatórias, depois de uma saída frustrante na fase de grupos em 2018.

No entanto, uma lesão, sofrida a 8 de Novembro com a camisola do Bayern de Munique, acaba por impedi-lo de jogar a competição. A vida tornou-se, de repente, bem mais complicada para os senegaleses, que passam de candidatos a revelação a uma das equipas que pode acabar por ficar pelo caminho no Grupo A, que partilham com os Países Baixos, Equador e Qatar.


O autor escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90)

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