«Vivemos tempos complexos, duros, mas também foram tempos de crescimento», afirmou recentemente o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, num encontro com representantes do sector da Saúde.
Díaz-Canel felicitou os hospitais militares, a primeira referência do país na luta contra o novo coronavírus, e classificou como extraordinário o trabalho de médicos, enfermeiros e técnicos de todos os centros de saúde do país caribenho.
Entre os êxitos alcançados por Cuba, contam-se a criação de vacinas próprias e a campanha de vacinação, tendo sido administradas 28,4 milhões de doses à população, segundo refere a Prensa Latina.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde Pública, a taxa de incidência da doença diminuiu consideravelmente em todas as províncias, assim como o número de pacientes graves e críticos, de casos pediátricos e de falecidos.
No contexto da pandemia, Cuba mostrou mais uma vez a sua solidariedade, recorrendo ao Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Graves Epidemias «Henry Reeve».
Para combater a pandemia de Covid-19, foram criadas quase 60 brigadas, compostas por cerca de 5000 membros, que cumpriram missões solidárias em 40 países.
Pela defesa de princípios como o humanismo e a defesa do direito humano à saúde, personalidades e organizações internacionais ergueram a voz para que o contingente fosse nomeado para o Prémio Nobel da Paz.
Sobre o Contingente Henry Reeve, Díaz-Canel disse em Junho deste ano: «Vocês representam a vitória da vida sobre a morte, da solidariedade sobre o egoísmo, do ideal socialista sobre o mito do mercado. Com o vosso nobre gesto e a vossa brava disposição para desafiar a morte para salvar vidas, vocês mostraram ao mundo uma verdade que os inimigos de Cuba quiseram silenciar ou manipular: a força da medicina cubana.»
Um dia para lembrar as muitas conquistas da Saúde em Cuba
No dia 3 de Dezembro, celebra-se o nascimento do cientista cubano Carlos J. Finlay (1833-1915), que, em 1881, descobriu o agente transmissor da febre amarela. Durante cerca de três décadas a data foi conhecida, no país, como Dia da Medicina Americana, mas, com o triunfo da revolução, institui-se como Dia da Medicina Latino-americana e do Trabalhador da Saúde, sendo ocasião para homenagear todos os trabalhadores que se dedicam à promoção, preservação e restabelecimento da saúde, dentro e fora de país.
A data serve também para ressaltar os principais avanços e conquistas na área da Saúde na maior ilha das Antilhas, bem como para destacar a cooperação a nível internacional. Recorde-se que o país caribenho desenvolve há quase seis décadas diversos programas de ajuda e colaboração médica, de que é exemplo o «Barrio Adentro», na Venezuela, com a participação de 147 mil especialistas.
Também se destaca a Operação Milagre, que melhorou a visão de mais de três milhões de pacientes em 35 países da América Latina e das Caraíbas, e o combate à epidemia do ébola em África.