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Estados Unidos treinam pilotos dos EAU envolvidos na agressão ao Iémen

Um documento recente evidencia o envolvimento activo dos EUA na guerra de agressão ao Iémen, atestando que o Pentágono tem um programa de treino de pilotos dos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Um estudante olha para as ruínas da sua escola, bombardeada em Junho de 2015, em Sa'ada, no Iémen (imagem de arquivo)
Um estudante olha para as ruínas da sua escola, bombardeada em Junho de 2015, em Sa'ada, no Iémen (imagem de arquivo)Créditos / UNOCHA

Um documento oficial do United States Air Force Central Command, datado de Dezembro de 2017 e obtido pela Yahoo News esta quarta-feira, revela que a Força Aérea dos EUA escoltou seis aviões de F-16 dos EUA e deu treino a 150 pilotos, de modo a prepará-los para operações de combate no Iémen.

O documento, libertado ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação [Freedom of Information Act], explica ainda o apoio que a Força Aérea norte-americana deu aos militares dos EAU na base aérea de al-Dhafra, perto Abu Dhabi.

De acordo com o documento, três pilotos norte-americanos ajudaram a formar, durante 323 horas de treino, quatro instrutores e 29 copilotos dos EAU, que «foram imediatamente destacados para operações de combate no Iémen».

William Hartung, director do Projecto de Armas e Segurança do Centro para a Política Internacional [Arms and Security Project at the Center for International Policy], disse ao portal referido que o programa de treino é mais um exemplo do profundo envolvimento dos Estados Unidos na agressão militar ao Iémen em curso desde Março de 2015.

«Treinar pilotos que vão bombardear alvos civis no Iémen é outra forma de cumplicidade numa guerra brutal que se prolonga há demasiado tempo», disse Hartung à Yahoo News, acrescentando: «Se a administração de Trump está a falar a sério sobre pôr a Arábia Saudita e os EAU a negociar de boa fé para a paz no Iémen, devia acabar com o treino e outras formas de apoio militar, até que eles assumam o seu papel no fim da guerra».

Guerra de agressão desde Março de 2015

Com o apoio de potências ocidentais, a Arábia Saudita e um grupo de países em que se inclui os EAU lançaram uma campanha militar devastadora contra o Iémen, declarando serem seus objectivos esmagar a resistência do movimento popular Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade.

A guerra provocou dezenas de milhares de mortos, uma enorme destruição de infra-estruturas e uma catástrofe humanitária de grandes dimensões, denunciada por diversos organismos. Em Dezembro de 2018, representantes do movimento Ansarullah e militantes leais a Hadi sentaram-se à mesa das negociações, na Suécia, tendo chegado a um acordo de cessar-fogo para a cidade portuária de Hudaydah. No entanto, os confrontos prosseguem.

«EAU tão responsáveis quanto a Arábia Saudita»

Sobre o papel que os EAU desempenham na guerra de agressão ao mais pobre dos países árabes, William Hartung afirmou que ele é «muitas vezes desprezado».

«Eles e as milícias que treinam, armam e financiam estão envolvidos em múltiplos abusos de direitos humanos, incluindo tortura», denunciou, acrescentando que «os EAU são pelo menos tão responsáveis quanto a Arábia Saudita na matança do Iémen, mas sem que tenham sido responsabilizados pelas suas acções de uma forma relevante».

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