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|Zimbabwe

Emmerson Mnangagwa assume a presidência interina do Zimbabwe

Mnangagwa, antigo vice-presidente do país da África Austral, é tido como um dos mentores do movimento que conduziu à destituição de Robert Mugabe e deve assumir a presidência até às eleições marcadas para 2018.

O general Constatino Chiwenga (ao centro) e o ex-chefe de Estado, Robert Mugabe (à direita), à conversa
O general Constatino Chiwenga (ao centro) e o ex-chefe de Estado, Robert Mugabe (à direita), à conversaCréditos / voaportugues.com

Antigo combatente contra o colonialismo e o governo da minoria branca que dominou a Rodésia do Sul até 1979, Emmerson Mnangagwa esteve ligado aos serviços de segurança e foi vice-presidente do Zimbabwe até ser demitido, a 6 de Novembro, pelo então chefe de Estado, Robert Mugabe, que o acusou de «deslealdade e falta de respeito», segundo revelou o ministro da Informação, Simon Khaya Moyo.

Mnangagwa regressou esta quarta-feira da África do Sul, onde se tinha exilado, e, amanhã, deverá assumir interinamente as funções presidenciais, até às eleições agendadas para 2018. O regresso de Emmerson Mnangagwa, com 75 anos e um quadro respeitado no seio das forças armadas e da União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (ZANU-PF), segue-se à renúncia de Robert Mugabe, na terça-feira.

Numa missiva enviada ao Parlamento, Mugabe sublinha que a decisão de abandonar a presidência da República foi «voluntária», segundo revela a imprensa, pese embora ter sido expulso da liderança da ZANU-PF, após a sublevação do Exército, no dia 15.

Liderados pelo general Constatino Chiwenga, os militares decidiram «intervir» na sequência da demissão de Emmerson Mnangagwa da vice-presidência do país, mas deixando claro que a sua acção não era um «golpe de Estado» ou «contra o presidente Mugabe», que foi mantido em prisão domiciliária.

Os militares acusaram a mulher do presidente, Grace Mugabe, de empreender manobras para conseguir ser nomeada vice-presidente e, assim, aceder à chefia do Estado, tendo afirmado que a sua acção se dirigia contra «forças criminosas» da esfera presidencial e contra aqueles que apoiam as ambições políticas de Grace Mugabe.

A intervenção dos militares foi apoiada nas ruas por milhares de pessoas, indica a TeleSur, e, por decisão do Comité Central da ZANU-PF, a mulher de Mugabe foi também expulsa do partido.

Em nome da ZANU-PF, Simon Khaya Moyo agradeceu a Mugabe o facto de se ter demitido da presidência do país, mas fazendo questão de sublinhar tudo o que ele fez pela libertação do Zimbabwe e, depois da independência, como primeiro-ministro e presidente. «Ele merece descansar», disse.

Robert Mugabe, de 93 anos, esteve à frente dos destinos do Zimbabwe durante quase 40 anos – desde 1980 como primeiro-ministro e, de 1987 até à actualidade, como presidente da República.

É encarado como um dos heróis da luta de libertação dos povos africanos contra o colonialismo e o imperialismo britânicos, e como um dos principais construtores da independência do Zimbabwe, tendo passado uma década na cadeia, entre os anos 60 e 70, e liderado a luta de guerrilha contra o regime colonial e racista da Rodésia do Sul, entre 1975 e 1979.

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