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Crescer com a juventude, desafio para o Partido Comunista de Cuba

As três comissões de trabalho do 8.º Congresso do PCC prosseguiram, este sábado, os debates para analisar as questões centrais da vida socioeconómica do país e do funcionamento do Partido.

Na sessão inaugural, Raúl Castro considerou que os EUA representam a maior ameaça à paz e à segurança mundial, mas reiterou a vontade de desenvolver um diálogo respeitoso com o país nortenho 
Na sessão inaugural, Raúl Castro considerou que os EUA representam a maior ameaça à paz e à segurança mundial, mas reiterou a vontade de desenvolver um diálogo respeitoso com o país nortenho Créditos / @PartidoPCC

O desafio do Partido Comunista de Cuba (PCC) de crescer com a sua cantera natural, os jovens, foi uma das questões abordadas pelos delegados ao 8.º congresso, na comissão que está a debater o funcionamento do Partido e o trabalho ideológico, dirigida por José Ramón Machado Ventura, segundo secretário do Comité Central do PCC.

O dirigente reconheceu que o colectivo partidário não é alheio ao envelhecimento da população cubana e ao decrescimento populacional, fenómeno que ocorre também noutros países.

«Isso tem influência na redução da cantera de que se nutre o Partido», disse, embora tenha referido que, nos últimos anos, foi revertido o processo de diminuição da militância partidária, indica a Prensa Latina.

Na véspera, o primeiro secretário do PCC, Raúl Castro, informou que o partido dos comunistas cubanos tem mais de 700 mil membros agrupados em mais de 58 mil núcleos. Durante a apresentação do Relatório Central ao congresso, Raúl considerou positivo o facto de ter sido travado o decrescimento nas fileiras vivido desde 2006.

«É estimulante a entrada anual de 39 400 novos militantes, um terço dos quais provenientes da União de Jovens Comunistas (UJC), embora aumente a idade média dos militantes do PCC: 42,6% tem mais de 55 anos», disse.

Raúl Castro destacou o aumento do número de jovens comunistas que se nutre da massa trabalhadora, de camponeses e trabalhadores agrícolas, garantindo que isso aponta para potencialidades não utilizadas para o crescimento do PCC, apesar da realidade etária e demográfica cubana.

As autoridades do país caribenho e o próprio congresso alertaram que a juventude está na mira das campanhas e dos planos subversivos financiados por agências da administração dos EUA, em particular durante o mandato de Donald Trump.

Este foi um dos muitos tópicos que, este sábado, os 300 delegados debateram nas comissões. A que analisa a política de quadros do Partido é liderada pelo presidente Miguel Díaz-Canel. Uma outra, presidida pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero, tem na agenda a abordagem aos resultados socioeconómicos alcançados desde o congresso anterior.

As questões centrais da vida socioeconómica do país caribenho estão a ser debatidas pelos delegados ao congresso / @PartidoPCC

Sessão inaugural em data histórica

Na apresentação do Relatório Central ao congresso, Raúl Castro procedeu a uma análise profunda das tarefas que a militância empreendeu nos últimos cinco anos e abordou os principais desafios que o país enfrenta do ponto de vista económico, a questão do combate à Covid-19, a política externa e a denúncia dos planos de subversão contra Cuba, entre outros temas.

Manifestando a sua confiança nos dirigentes mais jovens, o primeiro secretário do PCC, que vai deixar o cargo, reafirmou que os Estados Unidos representam a maior ameaça à paz e à segurança mundial, e isso explica o peso do bloqueio imposto por Washington à Ilha durante seis décadas, indica a Prensa Latina.

Sobre a possibilidade de uma «verdadeira evolução positiva» na relação entre ambos os países, disse que a «agressiva conduta» da anterior administração norte-americana «reafirma com claras evidências que qualquer perspectiva», para que «seja sustentável, teria de estar associada à eliminação do bloqueio económico e da engrenagem legislativa que o sustenta».

Neste sentido, reiterou a vontade de desenvolver um «diálogo respeitoso» e de «edificar um novo tipo de relações com os Estados Unidos, sem que se pretenda que, para o alcançar, Cuba renuncie aos princípios da Revolução e ao Socialismo, realize concessões inerentes à sua soberania e independência, ceda na defesa dos seus ideais e no exercício da sua política externa».

Raúl Castro recordou que a primeira jornada deste congresso, em Havana, se realizou numa data transcendental para o país: o 60.º aniversário da proclamação por Fidel do carácter socialista da Revolução (16 de Abril de 1961), na despedida do luto pelos caídos nos bombardeamentos do dia anterior, prelúdio da invasão mercenária da Baía dos Porcos (17 de Abril de 1961).

«O congresso termina a 19 de Abril, quando também comemoramos o 60.º aniversário da vitória sobre a investida mercenária», armada e financiada por Washington, destacou, citado pelo Cubadebate.

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