O encontro, realizado esta quarta-feira, foi uma iniciativa da direcção departamental do Partido Comunista do Uruguai (PCU), para assinalar duas efemérides que estão aí à porta: o 26 de Julho, Dia da Rebeldia Nacional em Cuba, e o 13 de Agosto, data do 99.º aniversário do nascimento de Fidel.
Ignacio Badeiro, que interveio em representação do PCU, afirmou que vivemos tempos que tornam mais flagrante a intenção dos Estados Unidos de dominar o continente americano.
O dirigente comunista uruguaio também fez questão de destacar o «legado de luta pela soberania e independência» que o líder histórico da Revolução Cubana deixou e que, em seu entender, «precisa de ser retomado», refere a Prensa Latina.
Por seu lado, Daniel Barrios, economista e jornalista uruguaio, descreveu-o como uma personalidade renascentista, que reúne «numa só pessoa o chefe de Estado, o revolucionário, o líder político insubstituível e o intelectual que põe as ideias em prática».
«Fidel tornou realidade o lema de que outro mundo é possível», declarou.
Quando passam 72 anos sobre os ataques aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, no Oriente cubano, que, sob a liderança de Fidel Castro, haviam de conduzir ao triunfo da revolução, em 1959, e ao fim da tirania de Fulgencio Batista, o contributo revolucionário de Fidel centrou também a intervenção do embaixador de Cuba no Uruguai, Antonio Pardo.
Construir o socialismo a 90 milhas do imperialismo
A revolução que ele liderou «deu início à construção do socialismo a apenas 90 milhas [145 km] do imperialismo e influenciou o pensamento revolucionário em todo o mundo», disse Pardo, citado pela Prensa Latina.
Acrescentou que o processo revolucionário no seu país demonstrou a validade de lutar por uma verdadeira mudança social, não apenas por reformas, e de confiar nas capacidades do povo e não em determinados sectores dominantes.
«A vocação e a necessidade de unidade, o anti-imperialismo e o internacionalismo foram princípios de Fidel Castro que têm hoje uma relevância renovada», afirmou o diplomata caribenho.
Pardo realçou que o legado do pensamento de Fidel Castro «é muito valioso para combater confusões, debilidades ou cumplicidades que podem ser muito perigosas nos processos revolucionários e independentistas».
Neste sentido, salientou o diplomata, Fidel «preparou-nos para transformar os fracassos em vitórias» com a unidade e a participação do povo.
A iniciativa realizada na cidade uruguaia é uma de várias que, por estes dias, têm lugar pelo mundo fora, para celebrar o 26 de Julho e a gesta revolucionária cubana.
Na Ilha, as comemorações centrais da efeméride, este ano, realizam-se em Ciego de Ávila, no centro do país, e, segundo revelou o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), contam com a participação de 370 amigos de Cuba, provenientes de duas dezenas de países.
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