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|Colômbia

Continuam sem tréguas os assassinatos na Colômbia

Na primeira semana do ano, três ex-combatentes das FARC-EP e três dirigentes sociais foram assassinados na Colômbia. Docentes sindicalistas têm estado na mira: dois foram mortos e um foi sequestrado.

Protesto em Bogotá contra os massacres na Colômbia
Créditos / France 24

Num comunicado publicado na sua conta de Twitter, o partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) deu conta, esta sexta-feira, do assassinato de Cristian Ramírez na cidade de Cáli (departamento de Vale do Cauca).

Ramírez, que estava a reintegrar-se na vida civil no Espaço Territorial de Capacitação e Reintegração Dagoberto Ortiz, em Miranda (Cauca), é o terceiro ex-combatente das FARC-EP, firmante dos acordos de paz de Novembro de 2016, a ser assassinado este ano no país sul-americano.

No primeiro dia do ano, a ex-combatente Yolanda Zabala Mazo foi morta no município de Briceño (departamento de Antioquia) e, no dia seguinte, foi assassinado, em Cartagena del Chairá (Caquetá), o ex-guerrilheiro Duvan Arled Galíndez Navia, segundo revelou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz).


O mesmo organismo não governamental indica que, este ano, foram também assassinados três dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos, dois dos quais – Gerardo León e Diego Betancourt Higuera – eram docentes e sindicalistas da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode), organização sindical que, em meados de Dezembro, tinha alertado para a violência contra os sindicalistas no país.

Um outro professor, informou ainda o Indepaz na sua conta de Twitter, foi sequestrado no passado dia 5, no município de Guachené (departamento do Cauca). Numa nota, o Sindicato Unido dos Trabalhadores do Cauca disse que a acção foi levada a cabo por homens «fortemente armados».

2020, um ano marcado por grande violência

Segundo os dados recolhidos pelo Indepaz, o ano passado foram mortos na Colômbia 310 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos, e 64 ex-combatentes das FARC-EP assinantes dos acordos de paz.

O ano ficou igualmente marcado pelo elevado número de massacres verificados: 91, dos quais resultaram 381 vítimas mortais. O primeiro foi registado a 5 de Janeiro de 2020 no município de Tibú (departamento de Norte de Santander) e o último a 31 de Dezembro no município de Buenaventura (Vale do Cauca).

Quase dois terços dos casos ocorreram em seis departamentos: Antioquia (21 matanças), Cauca (14), Nariño (nove), Norte de Santander (seis), Putumayo (quatro) e Bolívar (quatro).

No total, 66 municípios foram palco de massacres, termo que o Indepaz utiliza na acepção estabelecida pelas Nações Unidas. Existe um massacre «quando três ou mais pessoas são assassinadas no mesmo local e momento e pelo mesmo presumível perpetrador».

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