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|Petróleo

Barril de petróleo em máximos desde 2018

O aumento do barril do petróleo está, como sempre, a pesar nos consumidores. Já o inverso não se verificou: em Abril de 2020, o barril desceu aos 12,45 dólares, mas o preço dos combustíveis manteve-se.

CréditosGrant Durr / Unsplash

O petróleo bruto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) foi negociado esta segunda-feira a 75,71 dólares por barril, o que corresponde ao valor mais alto desde 30 de Outubro de 2018.

O preço do barril utilizado como referência pela OPEP tem seguido um caminho de subida nas últimas semanas. Segundo alguns analistas, este aumento é impulsionado pela recuperação do consumo de combustível no quadro do relançamento da economia no contexto da pandemia.

E apontam como factor agravante as dificuldades em se alcançar um acordo entre a OPEP e os seus aliados, incluindo a Rússia, para satisfazer a procura crescente.

Este impasse decorre de uma proposta da Arábia Saudita e da Rússia de aumentar as extracções em 0,4 milhões de barris por dia por mês até Setembro de 2022, à qual os Emirados Árabes Unidos não têm dado consenso, porque querem condicionar esta subida ao aumento da sua quota nacional.

Esta situação tem levado à subida dos preços do petróleo (e por conseguinte, dos combustíveis), no quadro da lógica de mercado, em que se joga com a hipótese de, nos próximos meses, não haver disponibilidade suficiente de combustíveis.

Veja-se que quer o valor de um barril de petróleo bruto Brent (preço do barril de petróleo para a Europa), como o do petróleo WTI (West Texas Intermediate), estão no nível mais alto desde Outubro de 2018.

Ora, a questão dos preços dos combustíveis e a sua relação com o preço do barril de petróleo Brent é muitas vezes referido a partir da perspectiva da influência que tem no aumento dos preços dos combustíveis.

Todavia, recorde-se que o preço deste barril atingiu um mínimo de 12,45 dólares no dia 22 de Abril do ano passado, sem que nenhuma diminuição se tenha feito sentir no bolso dos consumidores.

De acordo com a lógica assumida na economia de mercado, não havendo intervenção do Estado na fixação dos preços dos combustíveis, sempre que o preço do barril de petróleo se alterasse, isso deveria ter impacto no preço dos combustíveis, incluindo na descida.

Porém, desde que se deu a liberalização dos preços dos combustíveis, no início dos anos 90 do século XX, verifica-se que, sempre que o barril de petróleo sobe os preços dos combustíveis sobem, mas quando o preço do barril de petróleo baixa, muitas das vezes o preço dos combustíveis mantém-se ou baixa muito pouco.

O exemplo de Abril do ano passado é paradigmático: com o País confinado, o preço do barril de petróleo caiu 73% e, no entanto, o preço do gasóleo e da gasolina caíram apenas cerca de 20%.

Aos dias de hoje, o preço do barril de petróleo subiu significativamente, não tendo ainda atingido o valor de 2019, mas o preço da gasolina e do gasóleo não pararam de subir e já estão 10% acima do valor atingido em 2019.

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