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Ataques da aviação saudita provocam cerca de 50 mortos no Iémen

Pelo menos 40 pessoas morreram e várias dezenas ficaram feridas na sequência dos ataques levados a cabo, esta terça-feira, pela aviação saudita contra um mercado no Sudoeste do país árabe. A Cruz Vermelha alerta ainda que o «Iémen está a morrer à fome».

Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)
Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)Créditos / RT

O bazar, localizado na província de Ta'izz, encontrava-se cheio de gente no momento do ataque, de acordo com a imprensa local, referida pela agência Xinhua. A TV em língua árabe Al-Masirah informou que «mais de 50 civis mortos foram enviados para os hospitais», e mostrou imagens do mercado bombardeado, onde diz haver «corpos incinerados» e «ainda não identificados».

Testemunhas citadas pela Xinhua afirmaram que os ataques da coligação liderada pelos sauditas «provocaram um grande número de vítimas porque o mercado estava repleto de gente», incluindo muitos vendedores provenientes das aldeias circundantes.

Por seu lado, a PressTV alude às informações divulgadas pelo Ministério iemenita da Saúde, de acordo com o qual, entre mortos e feridos, mais de 100 vítimas deram entrada no hospital após o ataque.

Um porta-voz do movimento huti Ansarullah condenou o bombardeamento desta terça-feira, sublinhando que «ataques desta natureza deixam em evidência a frustração do regime saudita», por não ter conseguido «vergar a resistência» huti.

O ataque desta terça-feira segue-se aos que, ontem, a coligação liderada pelos sauditas perpetrou em vários pontos do território iemenita e que provocaram cerca de 30 mortos.

Guerra, destruição, cólera, fome

Esta coligação tem atacado o Iémen desde Março de 2015, com o objectivo, declarado, de esmagar a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade.

A ofensiva contra o mais pobre dos países árabes – que conta com o apoio declarado dos EUA e do Reino Unido, e se tornou um dos «epicentros» do «para lá da retórica» com o Irão – já provocou mais de 13 mil mortos e destruiu grande parte das suas infra-estruturas, incluindo escolas, hospitais, rede de saneamento, fábricas, estradas.

Em meados de Agosto, representantes das Nações Unidas caracterizaram a situação no Iémen como uma «tripla tragédia», referindo-se à fome, ao arrastar da guerra e à epidemia de cólera – que infectou mais de 900 mil pessoas e matou mais de 2100, desde Abril deste ano.

De acordo com a ONU, mais de 17 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, sendo que mais de 8 milhões passam fome. Esta terça-feira, o Comité Internacional da Cruz Vermelha referiu-se também à grave situação humanitária que o Iémen atravessa graças à guerra de agressão, afirmando, no Twitter, que «o Iémen está a morrer à fome».

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