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|Argélia

A Argélia paga o preço de recusar a normalização das relações com Israel

Comentando a resolução aprovada no PE sobre o seu país, um porta-voz do governo argelino criticou o «papel de França» e disse que a Argélia está a pagar o preço por defender os povos palestiniano e saarauí.

Apoiantes argelinos, num estádio de futebol, com bandeiras nacionais da Argélia e da Palestina
Apoiantes argelinos, num estádio de futebol, com bandeiras nacionais da Argélia e da Palestina Créditos / rfi.fr

«Em virtude de o país norte-africano manter as suas nobres posições a favor de causas justas, como as dos povos saarauí e palestiniano, e recusar a normalização com o Estado sionista, muito na moda ultimamente, é e será alvo de ataques mediáticos e críticas de mercenários de todo tipo», disse esta quarta-feira o ministro da Comunicação e porta-voz do governo argelino, Ammar Belhimer, à Algérie Presse Service (APS).

Referindo-se à resolução recentemente aprovada do Parlamento Europeu (PE) sobre a «situação dos direitos humanos» no país magrebino, Belhimer afirmou que a Argélia está a ser «bombardeada com um fluxo contínuo de ataques verbais a partir de França, através de diversos canais, nomeadamente o PE, organizações não governamentais (ONG), redes sociais e influencers parisienses».

Esta não é primeira vez que grupos de pressão que se movem no PE tentam «em vão» atacar a Argélia, apresentando e adoptando resoluções semelhantes sobre direitos humanos e liberdades individuais, destacou o ministro, lembrando que no ano passado foi ali aprovada uma resolução com o mesmo teor. «É um padrão que se repete no fim de cada ano, como se fosse um presente da Páscoa ou serviço prestado aos instigadores que agitam estes lobbies», disse, citado pelo Middle East Monitor.

Ammar Belhimer, ministro da Comunicação e porta-voz do governo argelino Créditos

Criticando o «papel de França» na aprovação da resolução, Belhimer perguntou se os valores universais que a União Europeia defende entusiasticamente foram, de facto, libertados do eurocentrismo. O papel desempenhado pelas ONG e por várias plataformas políticas e mediáticas no ataque ao seu país mereceu igualmente o forte repúdio do ministro argelino, que as acusou de mentir.

Também apontou a «imaturidade» de determinados grupos na Argélia, cuja conduta ligou às afirmações proferidas por Nicolas Sarkozy quando se reuniu em Paris, em 2011, com o então líder do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil. Ao que parece, levaria a «liberdade à Argélia um ano depois e ao Irão passados três anos».

«Instrumento activo para espalhar o soft power francês pelo mundo»

Ammar Belhimer dirigiu ainda fortes críticas à organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), a propósito do posicionamento assumido com a resolução aprovada no PE, afirmando que não se trata de uma ONG, mas de «um instrumento activo para espalhar o soft power francês pelo mundo».

Disse que a RSF recebe apoio, de uma maneira ou de outra, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), da TV5 e TV5 Monde, além de outros órgãos de comunicação social e do Ministério francês da Cultura, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, bem como do Instrumento Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos (EIDHR).

Belhimer acusou ainda a RSF de receber apoio dos EUA, tendo referido a Fundação Ford, a American Express e a Fundação Nacional para a Democracia (NED), «que é considerado o cavalo de Tróia» das revoluções coloridas no mundo, «em particular no mundo árabe».

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