No âmbito do XXIX Seminário Internacional «Os Partidos e uma Nova Sociedade», organizado pelo Partido do Trabalho mexicano e que decorreu na capital do país azteca entre 25 e 27 de Setembro, a Frente Polisário manteve vários encontros com partidos amigos e organizações progressistas e de esquerda, nomeadamente de países como Belize, Brasil, El Salvador, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Trindade e Tobago, indica a Sahara Press Service (SPS).
Nesses encontros, precisa a fonte, a delegação saarauí insistiu na necessidade urgente do pleno reconhecimento pelo direito inalienável do povo saarauí à autodeterminação e a premência do reconhecimento da República Árabe Saarauí Democrática (RASD).
Isto, tendo em conta a recusa de Marrocos em permitir a celebração de um referendo de autodeterminação, bem como as «sistemáticas violações do direito internacional humanitário» por parte do Estado ocupante nos territórios ocupados do Saara Ocidental.
Nos vários encontros bilaterais e multilaterais, também se decidiu manter e reforçar o apoio internacional à causa saarauí, promovendo para esse efeito o «trabalho em rede em áreas-chave como a comunicação, a visibilização, a sensibilização e a pressão política junto dos governos».
Os representantes das organizações políticas presentes reafirmaram o «empenho firme com a causa do povo saarauí», refere a fonte, vincando o apoio tanto à luta de resistência do povo saarauí como à Frente Polisário como sua única representante.
Debates sobre desafios actuais e apoio à Palestina
Na Cidade do México, o seminário reuniu centenas de delegados de partidos progressistas e de esquerda da América Latina e Caraíbas e de vários pontos do mundo, que aproveitaram os três dias do encontro para debater os desafios que o mundo enfrenta, questões como o multilateralismo, o poder popular e os governos progressistas, e reafirmar o apoio às «causas justas dos povos que lutam pela sua liberdade, soberania e dignidade».
A situação na Palestina esteve em destaque, com os participantes a declararem o apoio total à luta do povo palestiniano, a condenarem o genocídio em curso levado a cabo por Israel e a exigirem o fim dos «ataques brutais».
Um dos oradores no seminário foi Jorge Hurtado, reitor da Universidade do Partido Comunista de Cuba «Ñico López», que aproveitou a ocasião para denunciar o «genocídio que o povo palestiniano sofre às mãos do regime israelita e seus aliados».
No seu discurso, indica a Prensa Latina, também destacou o impacto do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba há mais de seis décadas, e condenou a inclusão da Ilha na lista unilateral de Washington sobre países que alegadamente patrocinam o terrorismo.
Reafirmou ainda a solidariedade enérgica de Cuba com a Revolução Bolivariana na Venezuela, tendo sublinhado a urgência de defender a paz e a soberania dos povos.
Participaram no encontro delegados de partidos de duas dezenas de países latino-americanos como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai ou Venezuela.
Também estiveram presentes representantes de Alemanha, Argélia, Bielorrússia, Bósnia-Herzegovina, Canadá, China, Egipto, Espanha, EUA, França, Líbano, Palestina, República Checa, Rússia e Vietname.
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