Além de Bogotá, a capital, registaram-se grandes manifestações de apoio ao presidente da República em cidades como Medellín, Cáli, Bucaramanga, Cúcuta, Pereira, Armenia, Popayán, Nariño, Tunja ou Manizales, junto às representações departamentais do Ministério Público e do Palácio da Justiça.
A jornada nacional de mobilização, convocada pela Federação Colombiana dos Trabalhadores da Educação (Fecode) em «defesa da democracia e do Estado Social de Direito», foi secundada pela Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), a Associação Sindical de Professores Universitários, o Serviço Nacional de Aprendizagem (Sena) ou a Coordenadora Nacional para a Mudança, entre outras organizações.
Em comunicado, a Fecode exigiu respeito pela «decisão popular de eleger um governo democrático e progressista», garantias para o movimento sindical e a eleição de um novo procurador-geral.
As manifestações seguem-se às buscas realizadas, por ordem do Ministério Público (MP), na sede da federação sindical, de onde foram levados documentos, livros e outros elementos, relacionados com um alegado apoio económico por parte do sindicato à campanha eleitoral do actual presidente.
A Fecode esclareceu que a doação foi entregue «ao partido político (movimento Colômbia Humana), mas não à campanha presidencial», tal como querem fazer crer o MP e sectores da direita colombiana.
Também Gustavo Petro veio a público informar que o Colômbia Humana não gastou a verba em causa na campanha e acusou o procurador-geral de procurar levar a cabo um golpe de Estado «por vias judiciais».
Lembrando que a Constituição do país proíbe o MP de investigar o presidente da República, Petro afirmou no Twitter (X): «Foram efectuadas buscas em sindicatos, torturou-se e foram exercidas pressões sobre testemunhas para que se acuse o presidente, e não tiveram êxito; desesperadamente, sectores do narcotráfico, autores de crimes contra a humanidade, políticos corruptos e sectores corruptos do MP procuram a saída do presidente do cargo eleito pelo povo.»
Povo nas ruas, oligarquia chateada
Na sua conta de Twitter, a Fecode apelou à mobilização afirmando que «a oligarquia, os mesmos que ostentaram o poder durante anos, hoje está chateada, porque o Povo estará nas ruas».
E esteve. Em Bogotá juntaram-se milhares de pessoas nas imediações da sede do MP e do Supremo Tribunal, exigindo respeito pelo mandato que Gustavo Petro está a cumprir e a eleição, que tem vindo a ser adiada, de um novo procurador-geral – acusando o actual de estar associado aos sectores corruptos do país e de pretender criar obstáculos ao trabalho de um executivo que representa os interesses dos mais desfavorecidos.
«Diversas delegações dos nossos sindicatos filiados deslocaram-se até à capital para se juntarem à concentração que a Fecode realizou frente ao Ministério Público», notou a federação sindical no Twitter (X) ao agradecer o seu «grande esforço e empenho».
Além de trabalhadores, dirigentes e activistas sindicais, participaram igualmente nos protestos apoiantes do Pacto Histórico e do Colômbia Humana, assim como estudantes e membros de organizações indígenas e de agricultores, indica a TeleSur.
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