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|Colômbia

Pacto Histórico declara apoio a Petro, após denúncias de «golpe de Estado»

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, continua a receber manifestações de apoio, depois de ter denunciado uma tentativa de golpe de Estado «por vias judiciais», concebido pelo Ministério Público (MP).

O entusiasmo continua a marcar presença na campanha de Gustavo Petro, candidato de esquerda às próximas eleições presidenciais na Colômbia, apesar das ameaças de atentados dos narcotraficantes e da política repressiva das autoridades. Soacha, 15 de Maio de 2022 
Apoio a Petro, que em Agosto do ano passado apresentou uma proposta para o cargo de procurador-geral, estando o actual de saída, sem que o Supremo Tribunal de Justiça tenha tomado uma decisão CréditosMauricio Dueñas Castañeda / EPA

Em comunicado, a bancada do Pacto Histórico «rejeita energicamente» a perseguição movida contra o progressismo, o presidente da República, o seu executivo, funcionários e contra a própria coligação política.

«Lamentamos que, tal como se fez na Argentina, Bolívia, Equador e Brasil, se esteja a utilizar o aparelho de investigação judicial e os de controlo administrativo e disciplinar, restringindo a democracia e pondo em risco a estabilidade instrucional», afirma a coligação progressista.

Em seu entender, a abordagem enviesada do MP em relação ao actual governo e as «constantes ameaças, mentiras e ataques» colocam em causa a estabilidade do país sul-americano e são uma afronta à democracia.

Instando a chamada comunidade internacional a que esteja atenta a «estes acontecimentos», o Pacto Histórico fez também um apelo ao povo colombiano, «que nas urnas elegeu democraticamente o primeiro presidente progressista», para que se manifeste de forma massiva nas ruas do país.

Petro denuncia «ruptura institucional»

A declaração da bancada do Pacto Histórico em apoio a Petro é uma de várias expressas nesse sentido, no país andino, por partidos e organizações progressistas e sindicatos, desde sexta-feira passada, quando o presidente colombiano alertou, no Twitter (X), que os membros do seu executivo são vítimas de perseguição judicial.

Num comunicado divulgado à opinião pública, Gustavo Petro chamou a atenção para as tentativas de determinados sectores de instaurar «uma ruptura institucional». «Decidiram a ruptura institucional. Como presidente da República, devo avisar o mundo da tomada mafiosa do MP e devo solicitar ao povo a máxima mobilização popular pela decência», afirmou.

Petro, que se referiu no seu texto ao caso do ministro dos Negócios Estrangeiros, Álvaro Leyva, figura suspensa pela primeira vez na história pela Procuradoria-Geral, afirmou que o MP irá pedir «o meu julgamento político sem esconder que realizou uma investigação inconstitucional contra mim, em busca da vitória que o povo não lhes atribuiu».

«Foram efectuadas buscas em sindicatos, torturou-se e foram exercidas pressões sobre testemunhas para que se acuse o presidente, e não tiveram êxito; desesperadamente, sectores do narcotráfico, autores de crimes contra a humanidade, políticos corruptos e sectores corruptos do MP procuram a saída do presidente do cargo eleito pelo povo», disse.

«Inclusive, factos repetidos várias vezes em campanhas de outros partidos políticos como aquele a que pertence o procurador-geral, e que foram declarados legais anteriormente, no nosso caso são criminalizados com desespero», afirmou ainda.

Investigações por alegadas doações da Fecode à campanha eleitoral de Petro

O presidente colombiano, que voltou a acusar o MP de tentar derrubar o seu governo «por vias judiciais», pediu uma mobilização popular em defesa do seu mandato, tendo referido que as investigações contra a Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) carecem de fundamento.

No sábado, Petro explicou que, tal como foi apurado, a organização sindical fez uma doação de 500 milhões de pesos colombianos (cerca de 117,7 mil euros) ao seu partido, Colombia Humana, mas que essa verba não se destinou à sua campanha eleitoral, em 2021, tal como o MP acusa.

Em resposta a esta situação, a Fecode convocou mobilizações em todo o país, em defesa da democracia e pela eleição de um novo procurador-geral , para a próxima quinta-feira, dia 8, em conjunto com a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) e outras forças progressistas que declaram apoio a Petro e não aceitam as movimentações da «direita mafiosa».

Numa nota, a organização sindical exige que se respeite «a decisão popular de eleger um governo democrático e progressista», e afirma que o protesto visa também exigir garantias para o movimento sindical.

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