A greve de dois dias, com plenários e mobilizações em Bogotá e em muitas outras cidades do país, teve início esta quarta-feira e prolonga-se hoje, visando deixar claro o apoio à consulta popular sobre as reformas sociais promovida pelo executivo de Gustavo Petro e condenar «as decisões oligárquicas do Senado contra o povo».
Em declarações ao correspondente da TeleSur em Bogotá, o presidente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), Fabio Arias, afirmou que as tentativas de fazer aprovar no Congresso a consulta popular com vista a uma reforma laboral para benefício do povo não vão ter êxito, em virtude do bloqueio da oposição.
Considerando «importante» a afirmação política que representa a apresentação da iniciativa por parte do Pacto Histórico, Arias disse que é «impossível» que avance.
Neste sentido, acusou a oligarquia de querer roubar direitos aos trabalhadores e considerou ainda mais justificada a jornada de luta de ontem e hoje, para «refutar e condenar estas decisões da oligarquia contra os trabalhadores no caso da reforma laboral».
«O Senado da República não pode continuar a legislar contra a classe trabalhadora e contra o povo», acrescentou, exigindo que a consulta popular seja aprovada.
Além da CUT, outras organizações representativas dos trabalhadores juntaram-se ao apelo à mobilização, bem como associações de pensionistas, agricultores, indígenas e estudantes.
A greve nacional tem lugar num momento em que a reforma laboral está novamente a ser discutida no Senado e enquanto o governo de Petro aguarda a decisão do Congresso sobre uma segunda versão da consulta popular, submetida a esta instância depois do fracasso da primeira versão.
Prevê-se que o Senado debata a aprovação da reforma laboral até 20 de Junho, data do final da legislatura, refere La Radio del Sur.
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