|Colômbia

Trabalhadores colombianos mobilizam-se em apoio à reforma laboral de Petro

Por iniciativa da CUT, outros sindicatos e organizações sociais, começou esta quarta-feira uma greve nacional de 48 horas contra «as decisões da oligarquia contra os trabalhadores» no Senado colombiano.

Mobilização na Plaza Bolívar de Santa Marta (Magdalena). no âmbito da greve nacional de 48 horas Créditos / @DonIzquierdo_

A greve de dois dias, com plenários e mobilizações em Bogotá e em muitas outras cidades do país, teve início esta quarta-feira e prolonga-se hoje, visando deixar claro o apoio à consulta popular sobre as reformas sociais promovida pelo executivo de Gustavo Petro e condenar «as decisões oligárquicas do Senado contra o povo».

Em declarações ao correspondente da TeleSur em Bogotá, o presidente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), Fabio Arias, afirmou que as tentativas de fazer aprovar no Congresso a consulta popular com vista a uma reforma laboral para benefício do povo não vão ter êxito, em virtude do bloqueio da oposição.

Considerando «importante» a afirmação política que representa a apresentação da iniciativa por parte do Pacto Histórico, Arias disse que é «impossível» que avance.

Neste sentido, acusou a oligarquia de querer roubar direitos aos trabalhadores e considerou ainda mais justificada a jornada de luta de ontem e hoje, para «refutar e condenar estas decisões da oligarquia contra os trabalhadores no caso da reforma laboral».

«O Senado da República não pode continuar a legislar contra a classe trabalhadora e contra o povo», acrescentou, exigindo que a consulta popular seja aprovada.

Além da CUT, outras organizações representativas dos trabalhadores juntaram-se ao apelo à mobilização, bem como associações de pensionistas, agricultores, indígenas e estudantes.

A greve nacional tem lugar num momento em que a reforma laboral está novamente a ser discutida no Senado e enquanto o governo de Petro aguarda a decisão do Congresso sobre uma segunda versão da consulta popular, submetida a esta instância depois do fracasso da primeira versão.

Prevê-se que o Senado debata a aprovação da reforma laboral até 20 de Junho, data do final da legislatura, refere La Radio del Sur.

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