Numa declaração emitida este domingo, a ALBA-TCP expressa «profunda preocupação com o insensato acto de agressão» levado a cabo pelo contratorpedeiro da Marinha dos EUA USS Jason Dunham contra o navio de pesca venezuelano Carmen Rosa.
O bloco regional denuncia que este «acto irresponsável e provocador» teve lugar quando o pesqueiro venezuelano, «tripulado por nove pescadores de atum das Caraíbas, realizava um trabalho autorizado em plena Zona Económica Exclusiva (ZEE) da República Bolivariana da Venezuela».
A agressão, denunciada no sábado em conferência de imprensa pelo ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, ocorreu um dia antes, com um grupo de fuzileiros norte-americanos «fortemente armados» a abordar e a ocupar a embarcação pesqueira de forma «hostil e ilegítima».
As autoridades venezuelanas divulgaram imagens captadas pelos próprios pescadores nas quais se vê o momento da abordagem, bem como a presença do navio de guerra dos EUA em águas venezuelanas – uma vez que o Carmen Rosa se encontrava a 48 milhas náuticas a noroeste da ilha La Blanquilla.
Neste contexto, a ALBA-TCP afirma que a acção norte-americana representa uma «violação flagrante do direito internacional e ameaça a paz, a segurança e a estabilidade da nossa região».
No texto, a Aliança exige o cumprimento cabal do direito internacional consagrado na Carta das Nações Unidas, bem o pleno respeito pela soberania e a integridade territorial da República Bolivariana da Venezuela.
Os países que integram a ALBA-TCP reafirmam também o seu compromisso firme com a garantia de que a região da América Latina e Caraíbas continue a ser uma zona de paz e exigem aos Estados Unidos que acabem de imediato com as actividades que possam pôr em risco a paz e a segurança dessa região.
O documento deixa ainda patente a solidariedade do bloco aos «trabalhadores agredidos», bem como o reconhecimento pelo trabalho da Força Armada Nacional Bolivariana, que «com firmeza e dignidade protegeu minuto a minuto os seus compatriotas».
Esta «vigilância constante» por parte dos militares venezuelanos foi sublinhada no sábado pelo titular da diplomacia venezuelana, Yván Gil, que destacou o facto de o pesqueiro interceptado estar devidamente autorizado para trabalhar.
Gil acusou ainda Washington de estar a procurar criar incidentes que justifiquem uma escalada militar nas Caraíbas, no contexto da sua «política fracassada de mudança de regime» contra a Venezuela.
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