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|Síria

Agressão norte-americana na Síria provocou pelo menos oito mortos

O Ministério sírio da Defesa revelou, esta terça-feira, que sete militares e um civil perderam a vida na sequência de ataques dos EUA no Nordeste do país. Damasco acusa Washington de atiçar a situação na região.

Os ataques norte-americanos desta terça-feira contra território sírio provocaram pelo menos oito mortos, sete dos quais militares sírios 
Créditos / PressTV

Numa nota, que a agência Sana divulga, a pasta da Defesa síria precisou que a agressão norte-americana, perpetrada na madrugada de terça-feira com caças e drones, teve como alvo localidades e postos militares na província de Deir ez-Zor, cerca de 450 quilómetros a nordeste de Damasco.

«A acção hostil provocou oito mortos (sete militares e um civil) e deixou feridos 19 militares e 13 civis», lê-se na nota, que também dá conta de «importantes danos materiais em bens públicos e privados». Posteriormente, o número de feridos foi actualizado, passando para 32.

Antes, a agência Prensa Latina já havia noticiado a continuidade dos ataques dos EUA contra posições do Exército sírio e seus aliados.

Fontes militares consultadas pela agência cubana confirmaram a ocorrência de pelo menos dez incursões contra vários pontos no Nordeste do país, nomeadamente nas cidades de al-Bukamal, junto à fronteira com o Iraque, e de al-Mayadin, junto ao Rio Eufrates, bem como na localidade de al-Salhieh.

No passado dia 3 de Fevereiro, caça-bombardeiros dos EUA atacaram dezenas de pontos do Exército sírio e aliados, em Deir ez-Zor, provocando a morte a 37 pessoas, além da destruição de vários edifícios residenciais, uma escola e sítios históricos, incluido o castelo de al-Rahba, refere a agência com base nas fontes consultadas.

Nos meses de Outubro e Novembro do ano passado, registaram-se ataques semelhantes contra posições das Forças Armadas sírias e aliados, na mesma província.

Washington mantém cerca de dezena e meia de bases em território sírio de forma ilegal, sem a aprovação do governo de Damasco ou qualquer mandato das Nações Unidas, que foram atacadas com mísseis e drones mais de 150 vezes nos últimos três meses, como resposta dos grupos da resistência ao apoio norte-americano à agressão genocida levada a cabo por Israel na Faixa de Gaza.

O governo sírio tem reiterado a rejeição de todos os pretextos que os EUA promovem (incluindo o de combate ao terrorismo) para justificar as agressões contra território sírio, classificando-as como uma flagrante violação do direito internacional, do direito humanitário e dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas.

Governo sírio acusa EUA e Israel de «atiçarem a situação na região»

Em comunicado emitido esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condena a «brutal agressão norte-americana» contra várias localidades e posições militares na província de Deir ez-Zor.

«É óbvio que as forças dos Estados Unidos e as do ocupante sionista estão a trocar papéis para atiçar a situação na região e prosseguir os seus actos agressivos contra a Síria, a Palestina e outros países que mantêm uma posição firme de condenação dos massacres cometidos pelas forças norte-americanas e sionistas na região», declarou o ministério no texto divulgado pela Sana.

Damasco denuncia que estas agressões «criam um estado de tensão e explosão na região porque, cada vez que a situação acalma num local, se empenham em fazer escalá-la noutros lugares, para manter o Médio Oriente em estado explosivo e distante da paz justa e global».

«Os EUA actuam como polícia do mundo com pretextos condenados pelo direito internacional e o direito humanitário», sublinha o documento, que acusa Washington de «apoiar, financiar e armar o Daesh e outros grupos terroristas para que cometam atentados terroristas, como aconteceu recentemente».

A diplomacia síria, que reafirma o direito do país árabe à legítima defesa, fez ainda um apelo aos países soberanos e livres para que condenem estes ataques e exijam aos EUA que ponham fim à sua presença ilegal e operações militares terroristas na região.

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