Não faltam os casos que ligam a Afd ao nazismo. A título de exemplo, Björn Höcke, líder do partido de extrema-direita, em Abril do ano passado foi a julgamento por ter usado um slogan nazi, mais concretamente um lema. A este caso multiplicam-se outros que deixaram o partido sob observação das autoridades.
Esta semana, o Gabinete para a Protecção da Constituição da Alemanha, os serviços de informação interna do país bávaro, classificou a AfD como «extremista». «O conceito de população que prevalece no partido, baseado na etnia e na ascendência, não é compatível com a ordem democrática livre básica», afirmou num relatório que sustenta a classificação.
As secretas alemãs já encaravam AfD como um caso «suspeito» de extremismo e acompanhavam a sua acção, assim como de outras organizações que podem ser encaradas como ramificações, incluindo a sua organização de juventude e grupos associados a acções violentas.
De acordo com a BfV (sigla alemã do Gabinete dos serviços secretos), a AfD ameaça a Constituição alemã e, como tal, coloca em causa a democracia e a ordem democrática. Apesar disto, Olaf Scholz, o chanceler alemão cessante, disse que o Tribunal Constitucional já rejeitou todos os pedidos de proibição do partido de extrema-direita e recomendou prudência na eventual proibição do partido extremista.
Quem não ficou agradada com a classificação das secretas alemãs foi a Administração Trump. O secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, através das redes sociais, disse que «a Alemanha acaba de dar à sua agência de espionagem novos poderes para controlar a oposição. Isto não é democracia, é tirania disfarçada».
A posição do chefe de diplomacia de Trump está, assim, alinhada com a posição de Elon Musk que, além da activa simpatia pela extrema-direita, participou num comício da AfD durante a campanha eleitoral na Alemanha.
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