Os trabalhadores já demonstraram, nos últimos dias, que a sua união e determinação não é de somenos. Todos os dias, a administração da Transtejo publica avisos de supressão de carreiras «por motivo de constrangimentos técnicos na frota».
Em patronês, o que isso significa é que os trabalhadores estão em luta pelos direitos que a empresa lhes recusa. As tecnicidades que levaram dezenas de trabalhadores a aderir a um período de duas semanas de greves parciais não são novas: baixos salários e falta de trabalhadores.
Seria de esperar, da parte dos responsáveis da empresa, e «depois de várias lutas já realizadas por estes trabalhadores, uma abertura para a negociação que conduzisse a respostas às reivindicações dos trabalhadores e normalizasse o funcionamento da empresa», refere, em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
Os problemas nesta empresa pública (o mesmo se aplica às restantes), são resultado de uma opção política que, entre fazer os investimentos necessários na valorização dos trabalhadores e dar resposta às exigências dos grupos económicos/financeiros, opta sempre por escolher o capital financeiro, «à custa dos trabalhadores e do serviço público».
Os trabalhadores exigem a valorização dos seus salários, já que estão, neste momento, a sofrer com a perda do poder de compra devido ao brutal aumento do custo de vida, e a aplicação de medidas concretas que melhorem os meios operacionais: «quer através do recrutamento de trabalhadores, quer com o investimento em equipamentos que permitam colocar a navegar os diversos navios imobilizados e que os novos entrem ao serviço o mais rapidamente» possível.
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