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|grande distribuição

Trabalhadores dos hiper e supermercados exigem aumentos sem chantagem

Em greve esta quarta-feira, centenas de trabalhadores da grande distribuição estiveram em Lisboa, num protesto para exigir aumentos salariais e o fim do bloqueio patronal nas negociações colectivas.

Concentração de trabalhadores da grande distribuição em frente à sede da APED
Concentração de trabalhadores da grande distribuição em frente à sede da APEDCréditos / CESP

Durante a manhã de hoje, cerca de 200 trabalhadores das variadas empresas da grande distribuição estiveram concentrados em protesto, em Lisboa, junto à sede da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). 

Os protestos foram convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), contra a «vergonha» que é as empresas da grande distribuição – Continente, Pingo Doce, Jumbo, FNAC, Dia Minipreço, El Corte Inglés, Lidl e não só – exigirem contrapartidas nas negociações para aumentar os salários ou acabar com as discriminações salariais entre trabalhadores.

«Estes trabalhadores têm salários um pouco acima do salário mínimo nacional e o contrato colectivo não é revisto há vários anos, mas a negociação já começou há dois anos. E não se compreende o que é que as empresas dizem, pois não se pode exigir contrapartidas aos trabalhadores com salários de miséria, horários desregulados e intensíssimos», afirmou Isabel Camarinha, dirigente do CESP, em declarações ao jornalistas.

Os trabalhadores reivindicam o aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.

Já a APED, represente das empresas, é acusada de bloquear as negociações para a revisão do contrato colectivo de trabalho do sector, num processo que se arrasta desde Setembro de 2016. A troco do aumento dos salários, os patrões exigem «contrapartidas inaceitáveis», tais como a redução do valor pago pelo trabalho suplementar ou a aceitação do banco de horas como prática no sector.

«Estas empresas de distribuição têm elevadíssimos lucros, os seus gestores ganham milhões por ano e continuam a recusar aumentar os salários a estes trabalhadores – que estão na ordem do salário mínimo nacional», reiterou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, também presente.

Segundo o CESP, tendo em conta a inflação e o aumento dos preços dos bens de primeira necessidades, os salários dos trabalhadores perderam mais de 10%, o que significa que os trabalhadores, actualmente, «vivem muito ​​​​​​pior» e «têm cada vez mais dificuldades em conseguir que o salário "estique" até ao final do mês».

Já os lucros das empresas da grande distribuição não têm parado de crescer todos os anos, denuncia o CESP, que se questiona o porquê de, em oito anos, só ter existido uma subida salarial de apenas 11,49 euros, e de «um sector com milhões de lucro (só em 2015 e 2016 foram mais de 400 milhões de euros de lucro) exija contrapartidas para negociar salários e condições de trabalho tão baixos».

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