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|grande distribuição

Elevada adesão à greve geral na grande distribuição

A greve dos trabalhadores dos super e hipermercados, grandes armazéns e entrepostos registou uma forte adesão na véspera de Natal, com «muitas lojas fechadas» e as demais a funcionar a meio-gás.

Créditos / CESP

A greve geral foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), tendo abrangido todas as grandes empresas da distribuição representadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

De acordo com o sindicato, muitas lojas, nomeadamente do Minipreço e Lidl, foram encerradas e várias centenas estiveram com horários reduzidos por não terem trabalhadores suficientes para assegurar o normal funcionamento.

Em comunicado, o CESP realça que a elevada adesão de milhares de trabalhadores na véspera de Natal, bem como às greves adicionais dos dias anteriores – Jumbo de Castelo Branco, cozinhas do Pingo Doce em Odivelas, entre outras – é demonstrativa do enorme descontentamento vivido no sector.

«Esta adesão muito significativa verifica-se apesar da intimidação, pressão e ilegalidades cometidas pelas empresas que trocaram dias de descanso, substituíram trabalhadores em greve e pressionaram por todas as formas os trabalhadores para que não aderissem», denuncia a estrutura sindical.

Lucros milionários só permitem 11 cêntimos ao dia?

«Há várias lojas do minipreço fechadas. Estes trabalhadores estão em greve porque foram obrigados a fazê-la», afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, durante uma conferência de imprensa junto à sede da APED, a associação patronal do sector, em Lisboa.

O CESP acusa a APED de estar a bloquear as negociações para a revisão do contrato colectivo de trabalho do sector, num processo que se arrasta desde Setembro de 2016. A troco de um baixo aumento dos salários, os patrões exigem «contrapartidas inaceitáveis», tais como a redução do valor pago pelo trabalho suplementar ou a aceitação do banco de horas como prática no sector.

«Estamos com uma associação patronal que há dois anos arrasta as negociações, se recusa a aumentar salários e, por outro lado, apresentou uma proposta de aumento que não chega a 11 cêntimos por dia», frisou Arménio Carlos, que sublinhou que as empresas em causa «ganham milhões» de euros diariamente.

Os trabalhadores reivindicam o aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.

Outras exigências dos trabalhadores passam pelo fim da precariedade, da repressão patronal e da enorme desregulação dos horários de trabalho, que impossibilitam a conciliação do último com a sua pessoal e familiar.

«Na véspera de Natal, é importante que os portugueses saibam que as grandes superfícies onde fazem as suas compras continuam a tratar com muita falta de consideração os seus trabalhadores, a não respeitá-los, a pressioná-los, a intimidá-los, mas acima de tudo, a pagar-lhes miseravelmente», reiterou Arménio Carlos.

Com agência Lusa

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