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Trabalhadores dos hiper e supermercados em greve na véspera de Natal

Os trabalhadores da grande distribuição avançaram com uma greve de 24 horas para 24 de Dezembro, pelo aumento dos salários, o fim da discriminação e da chantagem patronal na negociação colectiva.

Salários na grande distribuição roçam o salário minímo nacional, apesar dos elevados lucros das empresas
Salários na grande distribuição roçam o salário minímo nacional, apesar dos elevados lucros das empresasCréditos

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) lançou o pré-aviso de greve para a véspera de Natal, dia 24 de Dezembro, abrangendo todas as grandes superfícies.

Em comunicado, o CESP afirma que a decisão foi tomada após a última reunião de conciliação para rever o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) do sector, na qual a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) não alterou a sua posição.

Após «26 meses de negociação», o CESP afirma que as empresas representadas pela APED, entre as quais a «Sonae, Pingo Doce/Jerónimo Martins, Auchan, Lidl, Dia/Minipreço, El Corte Inglés e muitas outras, continuam a não apresentar propostas de verdadeiro aumento dos salários e correcção das injustiças e discriminações existentes».

«Pelo contrário, continuam a querer reduzir o valor do trabalho extraordinário e desregular ainda mais os horários de trabalho com a introdução do banco de horas no CCT», lê-se no comunicado.

Os trabalhadores reivindicam o aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.

Já a APED, represente das empresas, é acusada de bloquear as negociações para a revisão do contrato colectivo de trabalho do sector, num processo que se arrasta desde Setembro de 2016. A troco do aumento dos salários, os patrões exigem «contrapartidas inaceitáveis», tais como a redução do valor pago pelo trabalho suplementar ou a aceitação do banco de horas como prática no sector.

O CESP afirma que «permanece em cima da mesa uma proposta de aumento de 3,21 euros (0,5%) para os operadores e escriturários especializados da tabela A», bem como a intransigência da APED em colocar a generalidade dos trabalhadores «próximos do salário mínimo nacional».

«Esta proposta permanece inalterada quando as empresas e a APED sabem já que é intenção do Governo fixar o SMN [salário mínimo nacional] nos 600 euros», critica o CESP, apontando situações, nos escalões dos trabalhadores da distribuição, onde se registam salários entre 580 e 630 euros.

O sindicato acusa as empresas de quererem manter a distribuição como um sector de salário mínimo nacional, referindo que, com a proposta em cima da mesa, a evolução salarial desde a admissão até ao topo de carreira, para os trabalhadores dos escritórios e lojas, «será de 30 euros», quando na penúltima revisão do CCT, em 2010, era de 139,5 euros.

Com agência Lusa

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