De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), é esperada uma grande mobilização dos trabalhadores da grande distribuição – super e hipermercados, grandes armazéns especializados e armazéns de logística – neste dia de protesto.
Além deste dia de greve, trabalhadores das várias empresas e oriundos de todo o País vão estar concentrados em protesto, entre as 11h e as 13h, junto à sede da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), em Lisboa.
Os trabalhadores contestam o impasse em torno das negociações para a revisão do contrato colectivo de trabalho (CCT) no sector, abrangendo mais de 100 mil trabalhadores e que duram há mais de dois anos.
A estrutura representativa dos patrões é acusada de bloquear as negociações e de, a troco do aumento dos baixos salários, exigir várias contrapartidas, vistas como «inaceitáveis» pelos trabalhadores: redução do valor pago pelo trabalho suplementar e em dia de feriado para metade e a aceitação oficial do banco de horas como prática no sector.
Os trabalhadores exigem o aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.
Outras reivindicações passam pelo fim da precariedade, dos horários de trabalho completamente desregulados e dos ritmos de trabalho extenuantes que impedem a conciliação com a vida familiar, além do fim da discriminação salarial entre trabalhadores com as mesmas funções.
A última greve geral dos trabalhadores da grande distribuição realizou-se no passado feriado do 1.º de Maio, por uma resposta ao caderno reivindicativo, como também o fim do trabalho nesse feriado e a implementação de horários e ritmos de trabalho dignos.
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