«No actual momento difícil, os trabalhadores das Tintas Barbot precisam de respostas às suas mais que justas reivindicações, e não de disponibilidades futuras e de palavras de louvor», afirma, em comunicado, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Segundo nota da Fiequimetal, na sequência do 1º de Maio estão marcadas duas greves no dia 3, na Acciona e Barbot, e uma concentração dirigida contra a Associação Patronal da Metalurgia e Metalomecânica. O anúncio é feito pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) da CGTP-IN. De acordo com a nota publicada, a luta, dadas as condições a que os trabalhadores estão sujeitos, não irá ficar pelo 1º de Maio e dia 3 os trabalhadores cerram os dentes para mais uma jornada de luta. Nesse dia os dirigentes, delegados e activistas sindicais do sector metalúrgico e metalomecânico vão concentrar-se, a partir das 14h00 em frente à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para fazerem ouvir as justas reivindicações dos trabalhadores junto dos dirigentes patronais e outros participantes num evento sobre a «Visão Estratégica 2030 do Setor Metalúrgico e Metalomecânico» que a Associação Patronal da Metalurgia e Metalomecânica (AIMMAP) promove nessa tarde na FEUP. Também nesse mesmo dia os trabalhadores da Acciona Facility Services que laboram na Volkswagen Autoeuropa estarão em greve pelo aumento dos salários e pela melhoria das condições de trabalho. A Comissão Sindical do SITE Sul, sindicato da Fiquimetal, na VW Autoeuropa denunciou a falta de trabalhadores nas linhas, que acentua a exploração, contestando o despedimento recente de trabalhadores temporários. O Caderno Reivindicativo para 2024 vai ser em breve apresentado aos trabalhadores. Nos plenários, adiantou o sindicato, serão discutidas outras matérias, como a falta de resposta da administração ao abaixo-assinado a exigir melhores condições de trabalho. Na Barbot começa também no dia 3 um ciclo de greves, de uma hora por semana, todas as quartas-feiras de Maio, para exigir aumentos salariais e negociação do Caderno Reivindicativo. Pelos mesmos objectivos, o SITE Norte convocou também greve ao trabalho suplementar, durante todo o mês de Maio. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Greve na Acciona e na Barbot e concentração contra Associação Patronal da Metalurgia
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Os trabalhadores realizaram ontem, 10 de Maio, pela segunda vez, a hora de greve que têm agendada para todas as quartas-feiras de Maio (3, 10, 17, 24 e 31). De igual forma, nenhum trabalho suplementar está a ser realizado ao longo deste mês.
Esta acção de luta, inédita nas Tintas Barbot, decidida por unanimidade pelos trabalhadores, em plenário, espelha «o enorme descontentamento no seio dos trabalhadores devido aos valores dos aumentos salariais decididos e aplicados em janeiro pela administração da empresa», refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).
«Ao longo dos anos, a degradação do valor do seu salário tem agravado as suas condições de vida, ainda por cima quando estamos perante um momento em que os trabalhadores se confrontam com uma enorme degradação do seu poder de compra causado por um aumento do custo de vida sem precedentes».
A administração das Tintas Barbot tentou bloquear a greve agendando uma reunião em que prometeu muito, sem nunca especificar o quê. Certo é que, já com duas greves realizadas e a produção parada, os trabalhadores não abdicam de um «aumento salarial mínimo de 55 euros, a acrescer à actualização já realizada; de igualar os valores do subsídio de alimentação de todos os trabalhadores, com efeitos imediatos; e atribuir o dia de aniversário do trabalhador, nos moldes propostos no caderno reivindicativo».
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