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Trabalhadores da Barbot persistem em greve inédita

É a primeira greve na história da empresa: a Tintas Barbot, com mais de 100 anos. A acção de luta (greve ao trabalho extraordinário e uma hora todas as quartas de Maio) foi decidida por unanimidade.

Concentração dos trabalhadores das Tintas Barbot, na unidade de Vila Nova de Gaia, realizada durante a hora de greve realizada no dia 3 de Maio. 
Concentração dos trabalhadores das Tintas Barbot, na unidade de Vila Nova de Gaia, realizada durante a hora de greve realizada no dia 3 de Maio. Créditos / SITE Norte

«No actual momento difícil, os trabalhadores das Tintas Barbot precisam de respostas às suas mais que justas reivindicações, e não de disponibilidades futuras e de palavras de louvor», afirma, em comunicado, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).

Os trabalhadores realizaram ontem, 10 de Maio, pela segunda vez, a hora de greve que têm agendada para todas as quartas-feiras de Maio (3, 10, 17, 24 e 31). De igual forma, nenhum trabalho suplementar está a ser realizado ao longo deste mês.

Esta acção de luta, inédita nas Tintas Barbot, decidida por unanimidade pelos trabalhadores, em plenário, espelha «o enorme descontentamento no seio dos trabalhadores devido aos valores dos aumentos salariais decididos e aplicados em janeiro pela administração da empresa», refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).

«Ao longo dos anos, a degradação do valor do seu salário tem agravado as suas condições de vida, ainda por cima quando estamos perante um momento em que os trabalhadores se confrontam com uma enorme degradação do seu poder de compra causado por um aumento do custo de vida sem precedentes».

A administração das Tintas Barbot tentou bloquear a greve agendando uma reunião em que prometeu muito, sem nunca especificar o quê. Certo é que, já com duas greves realizadas e a produção parada, os trabalhadores não abdicam de um «aumento salarial mínimo de 55 euros, a acrescer à actualização já realizada; de igualar os valores do subsídio de alimentação de todos os trabalhadores, com efeitos imediatos; e atribuir o dia de aniversário do trabalhador, nos moldes propostos no caderno reivindicativo».

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