A vigília (com acampamento) começou ontem, dia 6 de Março, às 17 horas, nas estações de Santa Apolónia, em Lisboa, e Campanhã, no Porto. A acção vai prolongar-se até, pelo menos, às 11h de dia 8 de Março, quando se realiza a reunião entre os trabalhadores, sindicatos, a CP e a concessionária Apeadeiro 2020 (responsável pelo não pagamento dos salários).
No entretanto, os comboios vão continuar a circular sem serviço de bar e refeições, «incluindo sem água potável, o que é inaceitável e ilegal», refere, em comunicado, o Sindicato de Hotelaria do Sul (SHS/CGTP-IN).
A CP, que conhece, desde Janeiro de 2023, «a grave situação social em que se encontram mais de uma centena de trabalhadores», incluindo casais que perderam a totalidade dos seus rendimentos, devia ter agido de imediato, consideram os sindicatos: assumindo a gestão directa do serviço concessionado, assim como os contratos de trabalho e salários de Fevereiro.
Mas a solução tarda. O Secretário de Estado informou a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) de que já está a ser efectuada uma consulta ao mercado para encontrar outra empresa, prevendo a resolução do problema no prazo de 30 dias. Entretanto, a CP já terá dado início ao processo de denúncia do contrato de concessão com a Apeadeiro 2020.
Isso não é uma solução para os trabalhadores, que não se conformam com a posição do Governo PS e da CP: «Não é aceitável que os trabalhadores, que já têm o salário de Fevereiro em atraso, fiquem mais o mês de Março sem salário», afirma o SHS.
Esta revindicação é «a que melhor serve aos utentes – que estão a pagar um serviço que lhes está a ser negado –, e aos trabalhadores». Às 16h de hoje, 7 de Março de 2023, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, vai expressar a sua solidariedade com os trabalhadores em vigília na estação de Santa Apolónia.
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