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Sumol+Compal: quem disse que nas empresas privadas não há greve?

A adesão na fábrica da Sumol+Compal em Pombal é de «praticamente 100%», confirma o SINTAB/CGTP-IN. A paralisação nesta empresa, a terceira no espaço de um mês, vai prolongar-se até às 8h da manhã de sexta-feira.

Trabalhadores manifestam-se no primeiro dia da greve de trabalhadores da empresa Sumol+Compal, convocada pelo SINTAB/CGTP-IN. em luta por aumentos salariais, valorização das categorias profissionais e negociação do Contrato Colectivo. Pombal, 9 de Abril de 2025 
CréditosPaulo Novais / Agência Lusa

Na manhã de quarta-feira, em toda a fábrica de Pombal da Sumol+Compal (que emprega entre 80 a 100 trabalhadores) apenas estava uma linha de produção em funcionamento, «posta a trabalhar com um chefe que esteve a exercer funções de um trabalhador de linha e dois trabalhadores», relatou Mariana Rocha, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), em declarações prestadas à Agência Lusa.

Esta é a terceira paralisação no grupo Sumol+Compal no espaço de pouco mais de um mês, a segunda a incidir na unidade de produção da empresa em Pombal, no distrito de Leiria (9 e 10 de Abril). No dia 7 de Maio, na fábrica de Almeirim, mais de 70% dos trabalhadores aderiram à greve.

Os motivos para esta acção de luta «são os mesmos»: os trabalhadores exigem «a valorização das carreiras, o aumento dos salários e a negociação do contrato colectivo». Concretamente, os trabalhadores querem um aumento salarial de 150 euros; a actualização do subsídio de alimentação, dos actuais 7,50 para os 10,20 euros; e do subsídio de turno; os 25 dias de férias; a implementação de diuturnidades (com 6 escalões de 5 anos cada) e o efectivar do príncipio da «igualdade salarial para mulheres e homens no que respeita a trabalho igual e trabalho igual».

Ainda sem nenhuma resposta por parte do patronato, serão os trabalhadores, «como o fizeram hoje, a decidir o que fazer a seguir», afirma Mariana Rocha. O SINTAB não descarta que as forças produtivas optem por uma nova greve, «talvez já não em Maio, mas em Junho», para forçar a administração a responder às reivindicações por eles decididas.

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