A resolução dos trabalhadores em avançar para um dia de greve, informa o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN) é um resultado directo «da intransigência que a administração tem demonstrado, na recusa da séria negociação da carta reivindicativa» por eles apresentada.
No documento a que o AbrilAbril teve acesso, o SINTAB destaca, de entre os objectivos dos trabalhadores, «a reformulação do escalonamento da tabela salarial, quase totalmente absorvida pelo Salário Mínimo Nacional, e a implementação de perspectivas de progressão de carreira». A administração não deu qualquer «resposta objectiva, desvalorizando a iniciativa» e, desta forma, desvalorizando os seus próprios trabalhadores.
Só que os problemas na Sumol+Compal não são de agora: «Os plenários de Novembro haviam já deliberado o combate à contínua precarização da mão de obra, por recurso excessivo e injustificado à prestação de serviços externos e trabalho temporário, bem como a firme oposição aos despedimentos colectivos que a empresa colocou em prática durante os últimos anos».
Sem respostas, a greve decorrerá entre as 23h do dia 11 e as 8h do dia 13 de Janeiro, em todos os estabelecimentos da empresa em território nacional. No dia 12 realizar-se-á uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Almeirim, entre as 14h e as 16h, com a participação da Secretária-Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.