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Sindicato acusa administração da Global Media Group de «terrorismo laboral»

O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual diz rejeitar as pressões que a Global Media Group está a fazer aos trabalhadores para lhes retirar direitos usando a narrativa do despedimento colectivo.

CréditosInácio Rosa / Lusa

O ataque aos trabalhadores feito pela administração da Global Media Group (GMG) é, infelizmente, o prato do dia. Ainda assim, parece que a cada episódio, os limites vão sendo cada vez mais ultrapassados.

Isto levou a que Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) encarasse com «estupefação e revolta», após uma reunião com os Delegados Sindicais do Sindicato dos Jornalistas, no Jornal de Notícias, o facto da nova Administração da GMG fazer passar a mensagem de que pondera a possibilidade de um despedimento colectivo de 150 trabalhadores do Grupo, cerca de um quarto do efectivo.

Para o STT, não havendo necessidade de tais despedimentos, apesar da situação difcíl em que se encontra o grupo, esta é uma forma de «terrorismo laboral», uma vez que a ameaça é um mecanismo de pressão para fazer chantagem com os trabalhadores e obriga-los a ceder nos seus direitos.

Desde que a nova administração, ligada a um novo investidor que é um fundo de Investimento, tomou posse, os trabalhadores só têm ouvido falar de reestruturações, cortes, fechos, e despedimentos. Ou seja, tudo aquilo que não dá estabilidade a quem quer trabalhar e viver dos rendimentos do seu trabalho.

O STT lembra, que em Junho estava em conversações com a anterior administração com vista aos aumentos salariais na TSF para 2023, aumentos que seriam aplicados a partir do dia 1 de Julho, depois de tantos anos de congelamento salarial. Importa relembrar que tal proposta foi validada pelos trabalhadores da TSF em plenário no dia 28 de Junho. A questão é que tudo mudou com a actual administração, a situação ficou suspensa e os trabalhadores continuam sem ter os salários actualizados.

Segundo o sindicato, a administração da empresa continua sem responder aos vários pedidos de reunião enviados e como tal, o mesmo irá pedir a intervenção do Governo, por via do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para abertura de um processo de mediação de conflitos entre a GMG/TSF e o Sindicato.
 

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