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Santa Casa de Serpa: nem só os trabalhadores têm de cumprir

Se os «trabalhadores cumprem as suas obrigações laborais têm direito a receber o vencimento dentro do prazo legal», defende o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Santa Casa de Serpa já é reincidente.

Créditos / Rádio Voz da Planície

Para além dos sucessivos casos de incumprimento do serviço público (o encerramento das urgências é um dos exemplos mais gritantes), a Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) ganhou o (mau) hábito de não pagar atempadamente os salários e os subsídios aos trabalhadores: profissionais de saúde, administrativos e restantes funcionários.

A situação tornou a repetir-se neste mês de Setembro. Em comunicado a que o AbrilAbril teve acesso, a Direcção Regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), alerta para o «não pagamento dos vencimentos e subsídio de férias no prazo legal».

A falta de pagamento foi também verificada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).

Em conjuntos, o SEP e o CESP enviaram um pedido conjunto de esclarecimento, urgente, à SCMS, dando conhecimento do mesmo à Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS), ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao Ministério da Saúde, entidades têm acordo com a Santa Casa.

«Esta situação é inadmissível, pois se os trabalhadores cumprem as suas obrigações laborais têm o direito a receber o vencimento dentro do prazo legal». Estes trabalhadores são ainda «penalizados com juros de mora pelo facto de a entidade empregadora não cumprir com a sua obrigação».

A SCMS gere o Hospital de Serpa (Hospital de São Paulo) desde 2015, na sequência de um acordo celebrado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

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