Os trabalhadores da indústria automóvel nacional cumprem, em média, 40,8 horas semanais e os operários qualificados chegam às 41,3 horas, contado o horário normal e o trabalho extraordinário. Os dados constam dos quadros de pessoal de 2016, publicados este mês pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.
Este é o sub-sector em que se trabalham mais horas por semana e os mais de 14 mil operários qualificados são os que mais sentiam esta realidade. Dos cerca de 35 mil trabalhadores do sector, quase 25% tinham um contrato a termo e mais de 35% estavam há menos de cinco anos na empresa onde trabalhavam.
A desregulação dos horários de trabalho tem sido uma realidade em muitas empresas do sector, como na Autoeuropa, em Palmela, e da fábrica da Mitsubishi Fuso, no Tramagal (Abrantes).
No final de 2017, o maior sindicato alemão, o IG Metall (metalurgia, que inclui a produção automóvel), propôs a possibilidade de os trabalhadores com crianças ou dependentes a cargo reduzirem o seu horário semanal de 35 para 28 horas e um aumento salarial de 6%.
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