A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) vão reunir-se para negociar a revisão para 2020 do contrato colectivo de trabalho vertical (CCTV) para o sector.
As reuniões decorrerão na sede da ANTRAM nos próximos dias 23 e 24 de Julho, respectivamente às 10h30 e às 14h30, segundo comunicado da Fectrans.
Segundo declarações ao AbrilAbril de José Manuel Oliveira, coordenador da Fectrans, as negociações decorrem do protocolo negocial estabelecido em Maio passado entre a federação sindical e os representantes dos transportadores, o qual noticiámos oportunamente e pode ser lido em «caixa».
As reuniões, segundo o sindicalista, destinam-se a «negociar e, eventualmente, fechar as questões salariais e de outras remunerações» que vigorarão a partir de 2020. Em cima da mesa estará a concretização de «subsídios para os motoristas de matérias perigosas e outros motoristas», bem como «melhorar a redacção de cláusulas contratuais que têm permitido interpretações equívocas e conflituosas, não conformes ao espírito do acordo colectivo», declarou-nos José Manuel Oliveira.
A decisão da ANTRAM de negociar directamente com a Fectrans surge na sequência de uma reunião de conciliação realizada na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) na passada segunda-feira, dia 16 de Julho, que reuniu aquela associação patronal e, além da Fectrans, os outros dois sindicatos do sector, o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP). Nessa reunião a ANTRAM não se terá mostrado disponível para negociar com uma ameaça de greve em cima da mesa.
Em declarações divulgadas hoje pela Agência Lusa, André Matias de Almeida, representante e advogado da ANTRAM, afirmou a sua convicção de haver sindicatos que «nunca tiveram intenção de chegar a entendimento», sublinhando que o Governo também esteve na mesa das negociações e «sabe quem esteve de boa-fé e quem esteve de má-fé».
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