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«A Caixa parou em todo o País» em defesa do acordo de empresa

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos estão em greve esta sexta-feira, em resposta à denúncia do acordo de empresa pela administração. Centenas de balcões estão encerrados face à forte adesão.

Concentração em Lisboa reuniu mais centenas de pessoas junto à sede da CGD
Concentração em Lisboa reuniu mais centenas de pessoas junto à sede da CGDCréditosMiguel A. Lopes / LUSA

«Uma adesão espectacular» é o que caracteriza a greve de hoje, com todos os balcões afectados, a grande parte fechados ou abertos «apenas para dar a ilusão que estão a funcionar», em resposta ao rasgo que a administração da CGD, liderada por Paulo Macedo, fez ao acordo de empresa (AE).

A convocação da greve de hoje proveio dSindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) e do Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN).

Os trabalhadores estão contra a denúncia do acordo de empresa pela Caixa, realizada pela administração liderada por Paulo Macedo, a pretexto da uma «necessidade de aproximar as condições laborais do banco público às da restante banca», mais precárias, o que diz ser uma «situação de desvantagem concorrencial».

Em declarações ao AbrilAbril, o presidente do STEC, João Lopes, afirmou que, em termos dos balcões, «a Caixa parou em todo o País. Pode, hipoteticamente, haver o balcão A ou B que esteve aberto ao público, mas mesmo que estivesse, foi a trabalhar de forma anormal. A esmagadora maioria, talvez quatro quintos, está tudo fechado, sem ninguém lá dentro ou então fechadas com o gerente lá dentro, porque foi ordenado para  estar».

«Mas não estão a funcionar [os balcões], porque os clientes iam à porta, tocavam à campainha e eles não abriam. Ou abriam mas para dizer que não estavam a prestar serviços. Aquilo era uma abertura artificial, era igual estar ou não lá dentro, porque não estavam a funcionar», acrescentou João Lopes.

Segundo o dirigente, há «ordens da administração para nem sequer assumirem, perante os clientes, que não estavam a funcionar por causa da greve». 

«Os trabalhadores estão todos com a greve», afirmou ainda João Lopes, defendendo que a administração recusa o diálogo com os trabalhadores e agride-os, ao denunciar o acordo de empresa, tendo reiterado que vão levar esta questão aos partidos políticos, à Presidência da República e ao Governo.

Administração quer fazer razia aos direitos

Num comunicado, o STEC considerou​​ que, ​​​​«depois de protelar sucessivamente as negociações de revisão da tabela salarial (em vigor desde 2010), a Caixa, manifestando má fé negocial, apresentou uma proposta arrasadora» onde elimina carreiras, as anuidades, o prémio de antiguidade, como também desregula os horários, aumenta a polivalência de funções e dificulta o acesso ao crédito à habitação.

O sindicato anunciou ainda ter entregado esta manhã uma contraproposta às novas cláusulas propostas pelo banco público, que resultaram da denúncia do acordo de empresa, resumindo ter assim «repudiado completamente todas as propostas que destroem os direitos há dezenas de anos» conquistados pelos trabalhadores da CGD e que, «no essencial, [a proposta visa] não melhorar», mas antes «não [permitir] estilhaçar» os direitos.

Além da greve, centenas de trabalhadores participaram na concentração de protesto junto à sede da Caixa, em Lisboa, com palavras de ordem como «a caixa somos nós» e «Paulo Macedo [presidente do banco] para rua, esta casa não é tua».

Com agência Lusa

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