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Lembrete: nova greve na Carris começa por culpa da Administração

Segundo um comunicado sindical, o Conselho de Administração ainda não respondeu à comunicação subscrita pelas Organizações Sindicais promotoras do plenário para o reatamento do processo negocial. Como tal, haverá greve.

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) divulgou um comunicado em que acusa o Conselho de Administração (C.A.) da empresa de continuar sem responder ao pedido de reatamento das negociações, apresentado pelas organizações sindicais após o último plenário. Face à ausência de diálogo, os sindicatos ameaçam intensificar a luta dos trabalhadores com acções concretas em Setembro.

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), sindicato filiado na Fectrans, apela à abstenção da prestação de trabalho extraordinário durante a segunda e a terceira semana de Setembro. Além disso, está em preparação uma greve de 24 horas para o dia 18 de Setembro, que será acompanhada de um novo Plenário Geral de Trabalhadores, com o objectivo de pressionar a administração a apresentar soluções para dois temas centrais: a redução do horário de trabalho e o pagamento das deslocações no tráfego.

Durante o processo negocial anterior, o STRUP defendeu que a redução do horário de trabalho deveria ser implementada ainda em 2025. No entanto, na última ronda de negociações, e de forma conjunta com outras estruturas sindicais, admitiu a possibilidade de uma redução para as 39 horas semanais a partir de Junho de 2026, desde que a medida fosse efectiva e não limitada apenas ao tempo de condução ou a ajustes mínimos, como os 15 minutos propostos nas oficinas.

O sindicato considera ainda que a redução horária deve ser abrangente e equitativa, incluindo trabalhadores do tráfego, das oficinas e todos aqueles que actualmente cumprem horários superiores. Quanto às deslocações no tráfego, o STRUP mantém a proposta conjunta: que o tempo de deslocação seja considerado como tempo de trabalho pago, com base no valor da última hora trabalhada, como solução transitória até à sua total integração no horário de trabalho.

Outro ponto levantado pelo STRUP prende-se com a garantia dada pelo C.A. de que as greves não afectariam o regime de majoração das férias. O sindicato espera que este compromisso seja cumprido e aguarda, entretanto, o resultado da intervenção pedida à Autoridade para as Condições do Trabalho. Caso contrário, promete reagir com todos os meios legais e institucionais ao seu alcance.

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