Numa semana repleta de feriados, nunca é demais lembrar que «o Hospital CUF Porto não paga devidamente o trabalho prestado» nesses dias, pagando apenas metade do que aquilo a que está obrigado pelo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) em vigor, denuncia o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Outra das práticas do hospital, que faz parte de um dos maiores grupos privados do sector (José de Mello Saúde), é a imposição de «horários horríveis de 10 a 12 horas diárias». Discriminando «os trabalhadores na progressão das carreiras, na atribuição de prémios e nos salários», a administração consegue quase fazer o pleno de abusos laborais.
O SHN realizou várias reuniões com a empresa, tentando «convencer a CUF a pagar o trabalho em dia feriado a 200%, a estabelecer horários de oito horas, previsíveis e definitivos», sem sucesso. Para assegurar «o direito dos trabalhadores a vida própria, reclamou a progressão na carreira para todos, bem como igualdade nos aumentos salariais e nos prémios», tudo isto, que mais não é do que o mínimo, a empresa recusou.
Esta postura, de flagrante desrespeito pelos direitos laborais dos trabalhadores, levou o sindicato a requerer a intervenção do Ministério do Trabalho, «onde está a decorrer um processo de conciliação» ao qual a empresa continua a resistir.
Face às recusas da administração em pagar o que é por direito dos trabalhadores (a CUF fez 34,7 milhões de euros de lucro, em 2021), o sindicato promove, no próximo dia 17 de Junho, a partir das 8h, uma acção sindical à porta do Hospital CUF Porto, na Estrada da Circunvalação, no Porto.