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Governo não arreda pé da proposta de 0,9% para a Função Pública

A Frente Comum critica a «postura de surdez» do Governo relativamente às reivindicações dos trabalhadores ao manter a actualização de 0,9%, que corresponde a pouco mais de 6 euros nas remunerações mais baixas.

Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN)
CréditosTiago Petinga / Lusa

À saída da segunda reunião com a equipa do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa, depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o líder da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN), Sebastião Santana, criticou o Governo por manter uma postura «que é de perfeita surdez em relação àquilo que são as propostas dos trabalhadores».

Os sindicatos tinham a expectativa de que o Governo melhorasse a proposta de actualização salarial de 0,9% e que avançasse com medidas também em relação a outras matérias, mas tal não se verificou.

Depois de uma reunião que durou menos de meia hora, Sebastião Santana disse que o Governo «não tem vontade de resolver problema nenhum nem sequer aqueles que pode resolver desde já», como a precariedade, a revisão do sistema de avaliação de desempenho ou o subsídio de alimentação.

«Não estamos surpreendidos mas é evidente que não estamos satisfeitos e é uma evidência que os trabalhadores da Administração Pública, perante este tipo de atitudes saberão dar resposta a este Governo e àquele que se lhe seguir», avisou o líder da Frente Comum, lembrando a greve nacional da passada sexta-feira.

Além da actualização de 0,9% para todos os trabalhadores da Administração Pública, que corresponde a um aumento de apenas 6,33 euros para os assistentes técnicos e operacionais que ganham actualmente 703,13 euros, está previsto o alinhamento da remuneração base com o novo valor do salário mínimo nacional, onde Governo e patrões não querem ir além dos 705 euros.


Com agência Lusa

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