Segundo comunicado da FNAM as decisões irregulares de alguns Conselhos de Administração poderão afetar toda a restante atividade programada e exige um Ministro da Saúde que não desvalorize o risco de termos um SNS que não sobrevive sem um acordo que defenda a carreira médica.
Para a estrutura que representa os médicos, «o SNS não pode estar dependente das 8 milhões de horas extraordinárias que os médicos realizam por ano». Neste sentido a FNAM convocou uma manifestação nacional no dia 17 de outubro, às 15h, em frente ao Ministério da Saúde para exigir salários justos e condições de trabalho dignas, num programa de intervenção urgente capaz de fixar médicos no SNS.
No diagnóstico feito ao SNS, a FNAM diz que em cidades como Viana do Castelo, Vila Real, Penafiel, Bragança, Guarda, Viseu, Aveiro, Leiria, Santarém, Lisboa e Almada são alguns dos locais onde a situação é mais desesperante e são já mais de 1500 médicos que, em todo o país, entregaram as declarações manifestando indisponibilidade para o fazer.
A Federação Nacional de Médicos diz que «ao invés de jogadas de bastidores, de engenharia organizativa que lesa uns utentes em detrimento de outros», o «Ministério da Saúde tem que ter a coragem de retroceder na sua inflexibilidade, abandonar a escolha de não ouvir quem está no terreno e não incorporar as propostas da FNAM para as grelhas salariais e melhoria das condições de trabalho dos médicos no SNS, e desenvolver um programa tão urgente quanto a emergência de salvar não só os Serviços de Urgência, mas todos os serviços que estão a ser vítimas da sua inoperância e incompetência».
É por todas estas razões que para além das greves que estavam marcadas para os dias 17 e 18 de Outubro, e para os dias 14 e 15 de Novembro, a FNAM marca também uma manifestação nacional, no dia 17 de outubro, às 15h, em frente ao Ministério da Saúde, de forma a exigir «um plano capaz de reverter a situação dramática a que chegou o SNS».
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