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Enorme jornada de luta, combate e mobilização com anúncio de greve geral

Este sábado todos os caminhos foram dar a Lisboa e mostrou que os trabalhadores estão prontos para combater o nefasto pacote laboral do Governo PSD/CDS-PP. Tiago Oliveira, secretário-geral CGTP-IN, anunciou ainda uma greve geral para o dia 11 de Dezembro. 

 

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

O Governo declarou guerra aos trabalhadores e estes estão a travá-la. Depois das milhares de plenários e centenas de acções de luta nos diversos sectores, como é exemplo a greve nacional na administração pública no passado dia 24 de Outubro, as ruas de Lisboa foram palco de uma das maiores manifestações dos últimos anos.

Numa clara demonstração de força, os trabalhadores do sector privado partiram das Amoreiras e os trabalhadores do sector público partiram do Saldanha, com o ponto de encontro no Marquês de Pombal, local 100 000 trabalhadores se uniram e lutaram com o mesmo objectivo: travar o pacote laboral promovido por um Governo ao serviço dos grandes grupos económicos e dos seus lucros. 

A Avenida da Liberdade foi, então, palco da unidade entre trabalhadores. Um a um, com as suas faixas e reivindicações, milhares e milhares de trabalhadores, com as bandeiras dos seus sindicatos de classe, desceram a avenida e fizeram-se ouvir a uma só voz. 

«Anunciamos a realização da greve geral contra o pacote laboral»

À chegada aos Restauradores, Tiago Oliveira teve a palavra e numa intervenção inflamada apontou duras críticas ao Governo. «É preciso neste momento dar um sinal ao Governo de que tem que recuar na construção do pacote laboral» afirmou o secretário-geral da Intersindical Nacional que reiterou que «quanto maior for o ataque, maior será a resposta».

Enumerando o vasto conjunto de ataques que consubstancia a proposta de alteração à legislação laboral apresentada pelo Governo a mando dos patrões, Tiago Oliveira garantiu que o momento é de luta e de afirmação dos direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa.

Já antes do arranque da manifestação, em declarações à Agência Lusa, Tiago Oliveira garantia que o objectivo de trazer as 100 000 pessoas até Lisboa servia para que o «Governo possa olhar para aquilo que é a verdadeira dimensão da indignação da maioria dos portugueses». 

A par da grande prova de combatividade, de resistência e afirmação, a manifestação ficou marcada por um anúncio: «anunciamos a realização da greve geral contra o pacote laboral», disse o secretário-geral da CGTP-IN, garantindo que «foi possível a convergência para uma greve geral no próximo dia 11 de Dezembro».

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