|Legislação laboral

FESAHT afirma que pacote laboral é «absurdamente prejudicial aos trabalhadores»

A Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) manifestou-se esta sexta-feira contra o novo pacote laboral apresentado pelo Governo, classificando-o como «absurdamente prejudicial aos trabalhadores do sector».

CréditosJosé Sena Goulão / Lusa

Em comunicado, a federação afirma que as medidas propostas «não defendem os trabalhadores nem resolvem os problemas estruturais do emprego», apontando críticas à manutenção da caducidade da contratação colectiva, ao incumprimento da norma do tratamento mais favorável ao trabalhador e à persistência de uma política de baixos salários.

Segundo a FESAHT, o pacote «favorece os patrões em todos os pontos», ao facilitar a precariedade, fragilizar a contratação colectiva, desrespeitar a negociação sindical e não garantir aumentos salariais justos. «Milhares de trabalhadores continuam com salários de miséria, enquanto as empresas aumentam lucros», lê-se no comunicado.

A federação acusa ainda o Governo de «apagar direitos conquistados com o 25 de Abril», considerando o pacote «um retrocesso grave nos direitos laborais» e «um atentado à memória das lutas que abriram caminho à liberdade e à dignidade no trabalho».

A FESAHT promete «combater o pacote em todos os planos — nas empresas, na negociação coletiva, na rua e com todos os trabalhadores, em unidade, até o derrotar».

Como primeira resposta, a federação está avançar com uma campanha de sensibilização e mobilização para a Marcha Nacional Contra o Pacote Laboral, marcada para 8 de Novembro de 2025, com a participação de trabalhadores de todos os sectores, públicos e privados.
 

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