A trabalhadora em causa labora há 14 anos nas cantinas escolares de Gondomar, tendo «assinado todos os anos contratos de trabalho a termo», revela em comunicado o Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN), precisando que, desde que o serviço de refeições das cantinas nas escolas deste município do distrito do Porto foi concessionado à Eurest, há oito anos, «a trabalhadora sempre assinou com a Eurest».
Em Setembro último, no início do ano lectivo, a Eurest mandou para as empresas de trabalho temporário (ETT) mais de 200 trabalhadores das cantinas escolares. No entanto, explica o sindicato, nenhuma ETT «falou» com esta trabalhadora, que foi contratada pela Eurest e foi para esta empresa que «sempre trabalhou desde Setembro de 2020, como nos anos anteriores».
No passado dia 5 de Janeiro, a empresa «quis obrigar a trabalhadora a assinar um contrato com a ETT Sotratel», algo que a funcionária não aceitou, lê-se no texto, que acrescenta: «Assim, logo naquele dia, a Eurest impediu a trabalhadora de ocupar o seu posto de trabalho e de exercer as suas funções profissionais.»
De modo a «evitar conflitos», a funcionária ficou em casa à espera de «novas ordens da empresa», tendo-se apresentado novamente ao serviço no passado dia 11. Mais uma vez, informa a estrutura sindical, foi «impedida de ocupar o seu posto de trabalho e de exercer as suas funções profissionais», na cantina da EB1 de Cabanas de Gondomar.
Ontem, a Eurest voltou a impedir a trabalhadora, que se apresentou ao serviço com testemunhas, de exercer as funções no seu posto de trabalho, reafirmou-lhe que «não pertencia aos quadros» e, sublinha a nota, chamou a PSP para a expulsar do local de trabalho, acusando-a de «invasão de propriedade».
Neste contexto, o Sindicato da Hotelaria do Norte anuncia que a trabalhadora, com o apoio da organização sindical, vai avançar com um processo de impugnação do despedimento no Tribunal do Trabalho.
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