O protesto junto à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, dinamizado esta manhã pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), teve como objectivo «denunciar publicamente o agravamento dos problemas cujas soluções Ministério da Saúde e Governo continuam a protelar».
O SEP considera «lamentável» que a ministra da Saúde tenha afirmado, em recentes declarações, que a saída de centenas de enfermeiros do SNS, perante o fim do estado de emergência, corresponde à retoma «dos seus projectos de vida», desvalorizando o impacto da saída destes profissionais do serviço público.
Segundo o SEP, historicamente, os enfermeiros e os profissionais de saúde têm tido como primeira opção trabalhar no SNS. «A alteração deste comportamento está directamente relacionada com a falta de expectativas de desenvolvimento profissional, salários baixos, carreiras em que, para atingir o topo, são necessários 110 anos de trabalho efectivo, concursos de acesso a categorias superiores que não abrem e uma avaliação do desempenho penalizadora, burocrática e inoperacional», pode ler-se em nota.
Os enfermeiros criticam igualmente a ARS Norte por não agendar reuniões com o SEP apesar dos pedidos sucessivos, por continuar sem atribuir as menções qualitativas e consequentes pontos referentes a biénios anteriores, impedindo a progressão dos enfermeiros na carreira, e por não abrir o concurso que permitirá efectivar os enfermeiros admitidos ao abrigo da pandemia com contratos precários.
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