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Impedir a saída de enfermeiros demonstra erros na política de recursos humanos

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera que a ausência de políticas de incentivo à manutenção dos enfermeiros redunda em medidas de imposição, no momento de excepção que o País atravessa.

Reconhecendo que o País vive «um momento de excepção», o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) considera que impedir a saída de enfermeiros das instituições de saúde, ao abrigo do estado de emergência, demonstra os erros cometidos por sucessivos governos e a «ausência de políticas de retenção» destes profissionais.

Em comunicado, a organização sindical lembra que entre 2005 e 2009 o governo de então aplicou reformas na Administração Pública que afectaram também o sector da saúde «de forma cega», sem ter em conta a sua especificidade.

Para além disso, entre 2010 e 2015 os governos cortaram salários, impuseram o aumento do horário de trabalho semanal (não remunerado), chegando mesmo a «apelar à emigração dos enfermeiros», afirma o SEP.

Para o sindicato, a política de recursos humanos está «doente» e o Governo continua a não reconhecer «os sinais de desmotivação, de insatisfação e mesmo revolta», que levam à saída de enfermeiros das instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

«Mais do que impedir a saída dos enfermeiros ao abrigo do estado de emergência, exigimos que rapidamente sejam negociadas medidas que permitam a sua retenção no SNS», defende o sindicato, entre elas a valorização da carreira, a exclusividade voluntária com impacto salarial, a harmonização das férias, independentemente do vínculo laboral, e a efectivação imediata de todos os enfermeiros com vínculos precários.

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