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Arrancam greves parciais em centros dos CTT de todo o país

Depois da «elevada adesão» à greve no Porto, começam as paralisações parciais nos Centros de Distribuição Postal (CDP) de Évora e Palmela/Pinhal Novo. Trabalhadores do CDP Funchal alcançam compromissos e suspendem luta.

Os CTT foram totalmente privatizados em 2014, pelo governo do PSD e do CDS-PP
CréditosManuel Almeida / Agência Lusa

A 30 de Junho e 1 de Julho, os trabalhadores dos Centros de Distribuição Postal (CDP) 4100 e 4200 dos CTT do Porto cumpriram 48 horas de greve, denunciando a persistente falta de profissionais para assegurar o normal serviço público. A gestão privada dos CTT, desde 2014, tem demonstrado uma total incapacidade para cumprir qualquer um dos mais de 30 objectivos de qualidade estipulados pela Anacom.

A greve no Porto foi um primeiro momento de luta num mês que será marcardo pela acção reivindicativa em CDP de todo o país. No início desta semana, começam greves parciais em Évora (paralisação no último período normal de trabalho, prolongando-se até 18 de Julho) e Palmela/Pinhal Novo (greve às duas primeiras horas de trabalho, até 7 de Agosto). Os trabalhadores dos CTT de Alenquer/Azambuja optaram por uma única paralisação, de 24h, no dia 10 de Julho.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) aponta «a falta de trabalhadores para suprir as vagas existentes no serviço normal, situação que se agrava nos períodos de férias; o excesso de carga horária e horários desadequados para o serviço que se tem de prestar aos cidadãos; giros com grande dimensão e falta de condições de trabalho», como os principais motivos que motivaram a luta dos trabalhadores.

Por enquanto, a greve no CDP do Funchal está suspensa, depois de as chefias assumirem o compromisso de resolverem estes problemas. A luta será retomada se os CTT não cumprirem a sua parte. Para a semana começa a greve parcial às duas primeiras horas do período de trabalho no CDP de Sesimbra, até 14 de Agosto.

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