A medida foi anunciada, com pompa e circunstância, poucos dias antes do Ano Novo: «o Super Bock Group distribuiu este mês um prémio extraordinário de mil euros a cada um dos 1 200 colaboradores que fazem parte do negócio das bebidas do Grupo». Trata-se, esclarece a empresa, de uma medida «que reconhece a dedicação de cada colaborador, num ano que continuou desafiante para a empresa e para as famílias, considerando o contexto económico e social que o país atravessa, com impactos directos nas condições de vida e no poder de compra».
O tal contexto desafiante para as famílias parece, no entanto, não se aplicar aos trabalhadores do Hotel Palace Vidago, trabalhadores de pleno direito do Grupo Super Bock. O Sindicato de Hotelaria do Norte deixa o alerta: «não é a primeira vez que os mais de 100 trabalhadores do Palace Vidago são discriminados nos prémios e outras regalias que vigoram no grupo».
Segundo o sindicato, não se trata apenas de não assegurar os bónus que são distribuídos pela generalidade dos trabalhadores, é que o Grupo Super Bock nem sequer cumpre os mínimos da contratação colectiva do turismo, «como é o caso da alimentação em espécie, carreiras profissionais, trabalho em dia de descansos semanal e formação profissional».
O SHN já apresentou várias reclamações ao longo dos últimos meses, mas a situação mantém-se, como se pôde agora verificar. A empresa pode muito bem reconhecer «que as pessoas são o motor da sociedade», mas para o patronato há umas que valem menos do que os outros.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui