Este é «mais um exemplo dos bons resultados de um trabalho consistente de movimentação orgânica» que o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN) tem desenvolvido na Super Bock. Só este ano, a acção reivindicativa dos trabalhadores e do sindicato conquistou aumentos de muitas centenas de euros na Servigaia, Rangel e Veolia, empresas que prestam serviço na Super Bock (cujos trabalhadores também receberam aumentos de 1% + 75 euros).
O acordo assinado na sexta-feira entre os dirigentes do SINTAB e da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) e a UNICER AT «garante uma valorização imediata dos salários de 103 a 139 euros (dependendo da antiguidade) com retroactivos a Janeiro de 2025». As progressões de carreira extraordinárias vão, em Janeiro de 2027, significar aumentos adicionais de 151 a 253 euros, «ao que se deverá acrescentar os aumentos salariais negociados em 2026 e 2027, assim como o impacto destas valorizações nas remunerações acessórias, como a isenção de horário de trabalho».
Mais importante do que estes aumentos é a certeza de que, em Janeiro de 2027, todos os 148 trabalhadores da UNICER AT «serão integrados» nos quadros da Super Bock, concretizando-se assim «um anseio de mais de 20 anos, que se transformou em reivindicação no ano de 2017, quando os trabalhadores se sindicalizaram e organizaram para, juntos, assegurar a melhoria das suas condições de trabalho e de vida».
Nesse período, os trabalhadores tiveram de enfrentar a repressão do patronato, que proibiu o acesso à empresa por parte de delegados e dirigentes do SINTAB.
A UNICER AT é uma empresa do Grupo Super Bock criada em 2005, empregando 148 trabalhadores em todos os distritos do País e que se dedica à manutenção, conservação e afinação dos equipamentos dos pontos de venda da empresa. A vitória destes trabalhadores foi sustentada por uma «sólida base de predisposição dos trabalhadores para a defesa das suas reivindicações» e no combate à precariedade.
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