|SNS

Abrantes: ruptura nas urgências não impede dispensa de enfermeiros

«A exaustão dos enfermeiros está a atingir um ponto preocupante», denuncia o SEP/CGTP-IN. Mesma assim, o Centro Hospitalar do Médio Tejo decidiu não renovar os contratos dos enfermeiros com vínculo precário.

Créditos / mediotejo.net

«A deterioração das condições de trabalho é uma das principais razões que têm levado os enfermeiros, a nível nacional, a sair do Serviço Nacional de Saúde (SNS)», considera o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), mas a situação de precariedade para a qual muitos profissionais foram empurrados torna a situação insustentável. 

|

Arouca: Transferência de competências põe em causa serviços de enfermagem

Ao assumir as competências na área da Saúde, a Câmara Municipal de Arouca decidiu não dar seguimento à actividade domiciliária dos enfermeiros do Centro de Saúde, denuncia o SEP/CGTP-IN, abandonando a comunidade.

Centro de Saúde de Arouca 
Créditos / Câmara Municipal de Arouca

A transferência de encargos para as autarquias locais, que na área de saúde ainda não está concluída (o primeiro prazo limite para a adesão das autarquias expirou em 2021), encontrou muita resistência entre os municípios, incluindo os que têm gestão do PS ou PSD, responsáveis por todo este processo.

|

Que remédios precisa o Serviço Nacional de Saúde

O Serviço Nacional de Saúde, com todas as suas limitações, tem sido o garante de uma saúde acessível a todos e a primeira trincheira na defesa do bem-estar dos portugueses, como se viu na pandemia. Hoje, precisa de investimentos, da valorização dos seus profissionais, para poder cumprir o seu papel. Numa conversa com a médica Isabel do Carmo, a professora jubilada de Saúde Pública, Isabel Loureiro e o membro do CC do PCP, Bernardino Soares, discutimos a actual situação do SNS e as medidas que devem ser tomadas.

O Serviço Nacional de Saúde, com todas as suas limitações, tem sido o garante de uma saúde acessível a todos e a primeira trincheira na defesa do bem-estar dos portugueses, como se viu na pandemia. Hoje, precisa de investimentos, da valorização dos seus profissionais, para poder cumprir o seu papel. Numa conversa com a médica Isabel do Carmo, a professora jubilada de Saúde Pública, Isabel Loureiro e o membro do CC do PCP, Bernardino Soares, discutimos a actual situação do SNS e as medidas que devem ser tomadas.

Já podes ouvir nestas plataformas. Segue-nos!

YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLUUh6OHygUW2kV2I90c6a-zWFfHGaOjC5
Facebook: https://www.facebook.com/watch/135016033577220/684809916139605
Spotify: https://open.spotify.com/show/4O3YF0l1hK42XbHT3zYuYJ
Apple Podcasts: https://podcasts.apple.com/us/podcast/megafone/id1608888181
Google Podcasts: https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly93d3cuYWJyaWxhYnJpbC5wdC9tZWd...
Mixcloud: https://www.mixcloud.com/AbrilAbril/playlists/megafone/
Stitcher: https://www.stitcher.com/show/megafone
RSS Feed: https://www.abrilabril.pt/megafone.xml
 

Tipo de Artigo: 
Notícia
Lead de destaque: 
Em novo dia de alerta para a situação que se vive no SNS, recordamos o episódio do Megafone onde se abordaram as receitas de que a saúde pública tanto precisa, nomeadamente mais investimento e valorização dos seus profissionais, com Bernardino Soares, Isabel do Carmo e Isabel Loureiro.
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«Ao contrário do que o Governo PS/Ministério da Saúde afirma, [este processo] não só não corresponde a qualquer descentralização mas também é um passo para a desagregação do SNS», afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.

Exemplo disso é a destruição de importantes serviços de saúde de proximidade em Arouca, logo após a autarquia assumir estas responsabilidades. Em reunião realizada com o SEP, a Câmara Municipal de Arouca (CMA) manteve-se «irredutível», recusando-se a encontrar soluções para dar continuidade à «actividade domiciliária dos enfermeiros do Centro de Saúde de Arouca, designadamente da Unidade de Cuidados na Comunidade».

Embora a autarquia tenha recebido viaturas, nenhum trabalhadores que as conduza foi transferido para os quadros do município. A solução encontrada pela CMA, tornada pública num comunicado divulgado em Julho, passa por recorrer aos próprios enfermeiros, com a acrescida responsabilidade de conduzir as viaturas (em casos excepcionais, é possível pedir a ajuda de um assistente operacional).

«Toda a actividade domiciliária que ficará por realizar, será da inteira responsabilidade do município de Arouca». Quem perde com ela «são os seus utentes e munícipes».

Esta estratégia de boicote do SNS, inaugurado pelo PS e PSD, abre espaço à «desresponsabilização do Estado Central, contribuindo assim para abrir caminho à progressiva privatização dos Centros de Saúde» e agravar as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde, contribuíndo para a ilusão de que os serviços públicos não têm condições para dar respostas às necessidades (a pandemia demonstrou exactamente o oposto).

A descentralização na área da saúde implica que os centros de saúde passem a ser geridos pelas autarquias, no que toca à manutenção dos edifícios, segurança e logística. Também a gestão dos assistentes operacionais passa para a esfera autárquica.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Com todos os problemas que afectam o SNS, a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que gere três unidades hospitalares, em Abrantes, Tomar e Torres Novas, nada faz para reter estes enfermeiros, atirando os que ainda permanecem «para uma ainda maior desregulação dos horários de trabalho e mais trabalho extraordinário».

A administração do CHMT «decidiu não renovar os contratos aos enfermeiros com vínculo precário» do Hospital de Abrantes, um despedimento encapotado que agrava, em muito, as lacunas desta unidade hospitalar: «não existem condições de segurança na prestação de cuidados de enfermagem», avisa o sindicato.

«Estão criadas as condições para o agravamento do desgaste, já existente, da equipa, da Urgência Geral de Abrantes e de outras equipas onde os colegas viram os seus contratos não serem renovados pelo CHMT». O sindicato já exigiu um reunião com a administração e convocou uma conferência de imprensa para o dia 16 de Outubro, às 11h, no Hospital de Abrantes.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui