Fenprof

Trabalhadores científicos vão juntar-se em vários pontos do País, no âmbito da Noite Europeia dos Investigadores, para reclamar direitos e despertar o público para a precariedade e o subfinanciamento do sector. 

O SPRC/CGTP recolheu os dados de todos os agrupamentos de escola e escolas não agrupadas do distrito de Castelo Branco. No total, e até ao início do ano lectivo (12 de Setembro), faltavam 44 professores.

Números da Fenprof desmentem ministro da Educação. Na primeira semana de Setembro registaram-se 401 horários por preencher, 8946 horas sem professor e mais de 48 mil alunos afectados pelo problema, revela a federação.

A estrutura sindical dos professores manifestou forte preocupação com as recentes medidas anunciadas pelo Governo para responder à escassez de docentes, considerando-as «avulsas e tímidas», incapazes de resolver os problemas na educação. 

O desaparecimento do Jornal de Letras «representa uma perda inestimável indesmentível para a cultura portuguesa, para a reflexão crítica e para a educação», critica a Fenprof, que apela à reversão deste desfecho. 

Segundo o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, foram colocados 18 899 docentes para o ano lectivo 2025/26. Omitidos ficaram os 3 152 horários que ainda estão por preencher, alerta a Fenprof/CGTP.

Enquanto as famílias têm cada vez mais dificuldades em arranjar vagas em creches para os seus filhos, exigia-se a criação de uma rede pública. Havendo todas as condições para a criar, o Governo e direita optam por dar aos privados 42,5 milhões de euros para assumirem uma responsabilidade que não é sua. 

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) admite que a retirada da educação sexual da disciplina de Cidadania «confirma pendor retrógrado, de cedência à direita conservadora» e neoliberal. 

Várias organizações realizam, às 9h de dia 9, o Encontro Dec(i)ência, à frente da NOVA SBE, para discutir tudo o que está ausente no Encontro Ciência 2025: «o subfinanciamento, falta de contratos e a precariedade no trabalho científico».

As crianças do 1.º Ciclo e Pré-escolar só terminaram o ano no final de Junho: «5 horas lectivas diárias, sem reduções, pausas, alternativas ajustadas». É «pedagógica e socialmente inaceitável», considera a Fenprof/CGTP.

A greve dos professores ao trabalho não-lectivo vai afectar a realização e correcção dos exames do 4.º e 6.º ano, mas esta é apenas a face mais visível da acção de luta. Reuniões e formações também são abrangidas.

Ainda antes de iniciar a campanha eleitoral, a Fenprof/CGTP convidou todos os partidos para um debate sobre o estado da Educação em Portugal. Apenas BE, CDU e Livre aceitaram fazê-lo. Do silêncio, «também se retiram ilações».

Foi hoje publicado o 25.º ranking das escolas, um embuste celebrado e promovido por «órgãos de comunicação social, bancos e instituições de ensino privadas», denuncia a Fenprof/CGTP-IN.

O Parlamento discutiu no final da semana passada temas relacionados com a Escola Pública e a profissão docente, a partir de quatro petições entregues pela Fenprof, em Abril de 2024.

A falta de professores, fruto de políticas que têm desestruturado a carreira docente, não é um problema exclusivo da Escola Pública.

O aumento de 20% no número de vagas no Ensino Superior em cursos para docentes de Educação Básica, anunciado pelo Governo, não responde à elevada falta de professores que se faz sentir agora, alerta Fenprof. 

A paralisação abrange todas as actividades relacionadas com estas provas de avaliação e iniciar-se-á na próxima segunda-feira, 10 de Fevereiro.