guerra de agressão

Cerca de 200 pessoas manifestaram-se esta quinta-feira, em Lisboa, numa concentração pela paz, mas também de repúdio contra a recente agressão ilegal dos EUA, França e Reino Unido à Síria.

A maioria da informação sobre o alegado ataque químico em Douma partiu dos «Capacetes Brancos». Uma publicação norte-americana investigou esta organização, sublinhando a sua ligação umbilical à USAID.

No Parlamento, Theresa May afirmou ter querido «aliviar o sofrimento humano do povo sírio». Sob o Hospital Nacional em Douma, o EAS encontrou um abrigo e um arsenal de armas do Exército do Islão.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas afirmou a televisões do seu país, durante uma entrevista, que as tropas norte-americanas «não sairão da Síria sem que os objectivos sejam cumpridos».

A CGTP-IN afirmou este sábado que os ataques na Síria levados a cabo pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, a pretexto de supostas armas químicas, merecem «a mais vigorosa condenação».

A declaração do secretário-geral da NATO foi proferida horas depois de os três mais influentes países da organização terem agredido militarmente a Síria. O CSNU recusou-se a condenar essa agressão.

Se Moscovo lamentou que os agressores não tenham ouvido os «apelos ao bom senso», a embaixadora dos EUA junto da ONU, Nikky Halley, afirmou que «o tempo das negociações com Damasco já passou».

A Alemanha, que decidiu não participar na operação militar contra Damasco, qualificou-a como «necessária e apropriada». Macron promete novos ataques. No Pentágono, reina a «ponderação».

Ao anunciar a realização do ataque, o presidente dos EUA convidou os seus compatriotas a «rezarem». Governo e Presidente da República parecem sintonizados com a intervenção «de três amigos e aliados».

Com as ameaças à Síria a subirem de tom, o Daesh intensificou a actividade em território sírio. Por outro lado, prosseguem as adesões de militantes ao plano de reconciliação nacional.

A descoberta, pelo EAS, de planos para uma ofensiva contra Damasco apressou a libertação de Ghouta. Ao discurso das ameaças, a Rússia contrapôs necessidade de apuramento rigoroso do sucedido em Douma.

Trump, May e Macron antecipam-se à chegada dos inspectores da OPAQ a Douma. Damasco: agressão perpetrada por regimes arrogantes e frustrados pela derrota da conspiração contra a Síria.

A Alemanha distancia-se de eventuais ataques à Síria e, no Reino Unido, um responsável trabalhista lembra passado de provas forjadas pelos serviços secretos para justificar guerras de agressão.

PS, PSD e CDS-PP chumbaram esta sexta-feira, na Assembleia da República, o único voto que exigia o não envolvimento de Portugal, «por nenhuma via, na agressão à Síria», apresentado pelo PCP.

Os movimentos de guerra intensificam-se minuto a minuto no Médio Oriente, tendo como foco a Síria e reflectindo os preparativos de confronto assumidos pelas principais potências militares mundiais.

Aos mais de 40 ataques da aviação saudita registados no domingo, juntaram-se novos ataques esta segunda-feira. Nas províncias de Sa'ada e Ta'izz provocaram mais de 20 vítimas mortais.