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|Síria

Rússia: não houve ataque químico, mas provocação dos serviços secretos britânicos

A maioria da informação sobre o alegado ataque químico em Douma partiu dos «Capacetes Brancos». Uma publicação norte-americana investigou esta organização, sublinhando a sua ligação umbilical à USAID.

Os chamados Capacetes Brancos, organização fundada e apoiada pelas potências ocidentais e cuja credibilidade como força de socorro tem sido posta em causa por diversas instâncias internacionais, é uma das principais fontes sobre o alegado ataque químico em Douma
Os chamados Capacetes Brancos, organização fundada e apoiada pelas potências ocidentais e cuja credibilidade como força de socorro tem sido posta em causa por diversas instâncias internacionais, é uma das principais fontes sobre o alegado ataque químico em DoumaCréditos / southfront.org

A Casa Branca apressou-se a negar a mais recente declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, segundo a qual terá sido ele próprio, «há dez dias», quem convenceu Donald Trump a manter as tropas norte-americanas na Síria, depois de ter anunciado que as iria retirar.

«Há dez dias, o presidente Trump dizia que os Estados Unidos deveriam sair da Síria; eu convenci-o de que era necessário ficar», garantiu Macron numa entrevista televisiva.

A Casa Branca reagiu, negando: «A nossa missão não se alterou – o presidente foi muito claro quando disse que pretendia que as tropas norte-americanas regressassem tão depressa quanto possível», declarou a porta-voz presidencial, Sarah Huckabee Sanders, citada pela agência Reuters.

Foi no final de Março que Donald Trump afirmou que «em breve sairemos da Síria», para «outros tomarem conta» do assunto. Esta declaração foi então interpretada como uma viragem de 180 graus em relação à anterior posição do Pentágono e do Departamento de Estado, segundo a qual «manteremos as tropas na Síria para apoiar os nossos parceiros, impedir o regresso de grupos terroristas» e assegurar a transição para «uma liderança pós-Assad».

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, afirmou que se os Estados Unidos e aliados voltarem a atacar a Síria, «violando a carta das Nações Unidas, as relações internacionais transformar-se-ão num caos». A informação foi divulgada pela agência Reuters citando uma nota do Kremlin.

De acordo com a mesma agência, a posição foi tomada durante uma conversa telefónica com o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Putin e Rouhani, prossegue a agência, «estão de acordo em considerar que os ataques lançados contra a Síria prejudicam as possibilidades de encontrar uma solução política para o conflito sírio».

O representante russo na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), Alexander Shulgin, declarou que, se as potências ocidentais têm «um elevado grau de confiança» na sua versão sobre o suposto ataque químico governamental em Douma, a Rússia vai mais além: «tem provas irrefutáveis de que não houve qualquer incidente no dia 7 de Abril em Douma», onde terá existido antes «uma provocação planeada pelos serviços secretos britânicos, eventualmente com a participação dos seus aliados seniores de Washington, com o objectivo de enganar a opinião pública internacional e justificar a agressão contra a Síria».

A esmagadora maioria da informação que circula no mundo sobre o alegado ataque químico em Douma partiu da «organização não-governamental» designada «Força Síria de Defesa Civil», conhecida principalmente como «Capacetes Brancos».

A publicação norte-americana Disobedient Media realizou um trabalho de investigação sobre essa organização e publicou recentemente algumas conclusões.

«Os Capacetes Brancos», salienta a citada publicação, é uma organização «fundada, em parte, pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID); existem, inclusivamente, duas ligações mostrando contratos da USAID, através da Chemonics Internacional». O primeiro contrato, no valor de 111,2 milhões de dólares, vigorou de Janeiro de 2013 a Junho de 2017, com o objectivo de «encaminhar fundos de modo a criar um mecanismo de resposta rápida para as actividades que proporcionem uma transição para uma Síria estável e democrática».

O segundo contrato, no valor de 54,7 milhões de dólares, estende-se de Agosto de 2017 a Agosto de 2020. Foi estabelecido para desenvolver o «Programa Regional Sírio II» como parte do «Programa de Apoio ao Implemento de Transições Rápidas» (SWIFT IV).

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