A investigação, levada a cabo pelo projecto «Costs of War» (custos da guerra), do Watson Institute for International and Public Affairs, da Universidade de Brown, precisa que o Departamento de Estado e o Departamento da Defesa (recentemente designado «da Guerra»), sob as administrações de Joe Biden e Donald Trump, transferiram, em conjunto, 21,7 mil milhões de dólares para Israel para apoiar a consumação do genocídio na Faixa de Gaza.
De acordo com o estudo, os Estados Unidos enviaram para Israel pelo menos 17,9 mil milhões de dólares em ajuda militar no primeiro ano da guerra sionista de agressão e limpeza étnica em Gaza, durante o mandato de Joe Biden, e 3,8 mil milhões no segundo ano.
O material de guerra enviado pelos EUA foi fundamental para as operações das forças de ocupação na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e noutras zonas, afirma o estudo, sublinhando que a maior parte do armamento utilizado actualmente por Israel em Gaza e na região do Médio Oriente é de fabrico norte-americano.
Neste contexto, o relatório destaca que as forças de ocupação sionistas não teriam conseguido causar a vasta destruição que se verifica em Gaza nem provocar a escalada das suas operações na região sem o financiamento, o armamento e o apoio político dos Estados Unidos.
Uma grande parte da ajuda norte-americana a Israel já foi entregue, e o que falta entregar será distribuído nos próximos anos, acrescenta o texto, explicando que Washington deve destinar dezenas de milhares de milhões de dólares a Israel em futuros financiamentos, por via de diversos acordos bilaterais.
Uma outra análise, complementar (igualmente do projecto «Costs of War»), estima que os EUA tenham gastado entre 9,65 e 12,07 mil milhões de dólares em operações militares no Iémen, no Irão e noutros pontos do Médio Oriente nos últimos dois anos.
Desta forma, refere o texto, a despesa norte-americana em «guerras» no Médio Oriente, entre Outubro de 2023 e Setembro de 2025, ascende a um valor que oscila entre os 31,35 e os 33,77 mil milhões de dólares.
Desde o início da ofensiva genocida contra a Faixa de Gaza, em Outubro de 2023, pelo menos 67 173 palestinianos foram mortos (20 179 dos quais crianças) e 169 780 ficaram feridos, segundo referem as autoridades em saúde em Gaza – números que representam mais de 10% da população palestiniana residente no enclave costeiro, antes da ofensiva israelita.
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