O 800.º carregamento de armas provenientes dos EUA e tendo como destino Israel, desde o início da agressão a Gaza, aterrou em Telavive na passada terça-feira, com fontes oficiais israelitas a revelarem que, no período do genocídio perpetrado contra o povo palestiniano no enclave costeiro, Washington entregou mais de 90 mil toneladas de armamento e equipamento militar.
Segundo refere The Cradle e a PressTV, as autoridades da ocupação consideram os carregamentos constantes de armas norte-americanas, por via marítima ou aérea, «um componente significativo» para permitir a continuidade da campanha de limpeza étnica, que atingiu 600 dias nesta terça-feira.
As mesmas fontes indicam que, nos últimos 19 meses, a administração norte-americana aprovou a venda de armas para Israel num valor próximo dos 30 mil milhões de dólares – 10,4 mil milhões dos quais entre Fevereiro e Março deste ano.
Um relatório publicado o ano passado pelo projecto Custos da Guerra (Costs of War) da Universidade de Brown indica que, entre Outubro de 2023 e Setembro de 2024, Washington gastou pelo menos 22,76 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel, ajudando dessa forma a manter o genocídio do povo palestiniano no enclave.
O Departamento de Estado norte-americano tem invocado repetidamente poderes de emergência para agilizar as entregas de armas a Israel.
Recentemente, o Senado dos EUA rejeitou por larga maioria duas resoluções que procuravam bloquear as transferências de armas substanciais e outras formas de assistência militar de Washington para as autoridades sionistas de ocupação.
The Cradle destaca que, a 25 de Maio último, mais de 100 mil toneladas de explosivos foram largadas na Faixa de Gaza, ultrapassando de longe o total dos explosivos utilizados na operação contra Hamburgo e Dresden, e durante o Blitz de Londres, na Segunda Guerra Mundial.
Depois dos EUA, os maiores fornecedores de bombas para o genocídio de Gaza são a Alemanha e Itália, revelam ambas as fontes.
Desde o início da agressão à Faixa de Gaza, a 7 de Outubro de 2023, as autoridades de saúde confirmaram a morte de pelo menos 54 084 pessoas, dois terços das quais são mulheres e crianças.
As autoridades de saúde em Gaza também confirmaram o desaparecimento dos registos de 2180 unidades familiares, como consequência da ofensiva sionista, e alertam para o elevado número de vítimas não contabilizado, sob os escombros.
O número de feridos entre os palestinianos, refere a Wafa, subiu para 123 308.
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